Embora haja muita controvérsia sobre a questão do aquecimento global, as mudanças climáticas são um problema real, que tem causado prejuízos à biodiversidade e aos seres humanos. De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC, o problema é causado principalmente pela ação humana, por meio da emissão de gases de efeito estufa e aerossóis.
Apesar dos acordos internacionais para diminuir as consequências desse problema, um estudo divulgado recentemente no periódico Nature aponta que, quebrando as expectativas de a temperatura global aumentar 1,5 grau até 2100, estima-se, agora, que esse número deva subir meio grau. Um dos fatores que deve contribuir para agravar a situação é o aumento populacional. Hoje, somos em 7,6 bilhões de habitantes no mundo, mas um relatório da ONU aponta que a população mundial chegará a 11,2 bilhões no início do próximo século.
Esses dados mostram que a solução para as alterações climáticas não depende apenas de grandes pactos internacionais ou dos governos de cada país, mas devem passar, também, pelas mudanças de hábitos no cotidiano de cada cidadão. No Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, listamos atitudes que podemos adotar em nosso dia a dia para ajudar a reverter esse problema.
1- Evitar o uso do plástico
O plástico é feito a partir do petróleo e, no seu processo de fabricação, emitem-se muitos gases nocivos, entre eles, os de efeito estufa. Portanto, diminuir o seu uso e, ao mesmo tempo, promover sua reciclagem é essencial no combate às mudanças climáticas.
Sempre que for comprar um produto, é importante verificar se há a opção de embalagens não plásticas, como o vidro. Além disso, leve de casa bolsas de pano ou caixas de papelão para evitar o uso de sacolas plásticas. E, lembre-se, sempre que utilizar o plástico, deixe o resíduo em condições para ser reciclado e certifique-se de que está despejando no local correto para a
coleta seletiva.
2- Buscar formas alternativas aos combustíveis fósseis
Este é um dos maiores desafios, já que os próprios governos, inclusive o brasileiro, têm investido no petróleo e carvão como matérias-primas para a fabricação de combustíveis. No entanto, modificar hábitos cotidianos pode ser um incetivo a medidas maiores. Nos automóveis a diesel, por exemplo, o biodiesel é uma ótima alternativa. Nas casas, principalmente em regiões onde a luz do sol é constante, a energia solar pode substituir a elétrica por meio da instalação de um sistema simples. De quebra, essa implementação diminuirá o preço das contas da residência.
3- Reduzir o uso do carro para se deslocar
Morar em cidades como São Paulo, por exemplo, significa enfrentar dificuldades no transporte. Por isso, para quem tem condições, é difícil fugir do uso de carros e motos, que, por sua vez, ainda não são abastecidos com combustíveis renováveis, em sua maioria.
Mas aqui vão algumas dicas para diminuir o uso de automóveis: morar mais perto do trabalho ou optar por estudar em uma instituição que seja próxima à sua residência; apostar na bicicleta para se deslocar; utilizar transportes públicos aos fins de semana ou para ir a locais perto do metrô.
4- Consumir produtos sustentáveis
Muitos cosméticos, alimentos e produtos de higiene têm suas matérias-primas extraídas por meio do desmatamento, além dos demais processos produtivos também emitirem gases tóxicos. Por isso, procurar o histórico das empresas e optar por aquelas que assumem compromisso com o meio ambiente é essencial. Outra dica valiosa é incentivar o comércio justo, consumindo produtos florestais, desenvolvidos por comunidades indígenas, quilombolas ou ribeirinhas. Veja uma boa opção nesta matéria do Repórter Eco.
5- Diminuir o
consumo de carne e leite
A pecuária é responsável por boa parte das emissões de gases de efeito estufa. Isso porque o gado, no seu processo de digestão, e através do estrume, expele o metano, gás que é bem mais prejudicial à camada de ozônio do que o gás carbônico. O aumento da população mundial leva ao aumento também da produção bovina. Diante dessa realidade, é preciso procurar formas de alimentação que substituam a proteína da carne e do leite, para que seja possível reduzir seu consumo no dia a dia e, consequentemente, a necessidade de criação de gados em excesso.