O que o cobertor faz quando em contato com o corpo humano?

Revestimento

Nos animais, reconhecem-se quatro tecidos fundamentais, divididos em vários subtipos: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Os diferentes tipos de tecido são distinguíveis ao microscópio óptico, tratando-se o material com líquidos (fixadores) que coagulam as proteínas, mantendo-as no lugar.

Encontra-se epitélio (tecido epitelial) no corpo onde exista uma superfície a proteger (epitélio de revestimento) ou substância a secretar (epitélio glandular). As células epiteliais ficam intimamente unidas, deixando entre elas um mínimo de substância intercelular. Isso contrasta com o que se vê nos tecidos conjuntivos, em que as células ficam separadas por uma substância intercelular proteica secretada por elas.

A pele faz a cobertura completa do corpo. Com suas estruturas acessórias ou anexas executa múltiplas funções. Um tegumento resistente representa enorme proteção contra lesões e ataques de outros animais.

A pele é uma linha de defesa ininterrupta contra a invasão de microrganismos, além de proteger também contra agentes físicos e químicos deletérios. Pode desempenhar diversas funções reguladoras: quantidade de água e sais, absorção de oxigênio e eliminação de resíduos metabólicos.

Por estar em contato direto com o meio externo, a pele contém os órgãos dos sentidos mais importantes, ligados ao sistema nervoso, o qual tem a mesma origem da epiderme (ectoderme embrionária).

A pele não é homogênea, sendo composta por duas partes: epiderme e derme, intimamente unidas, porém de natureza e origem distintas. A epiderme é mais superficial e é formada por tecido epitelial; a derme, mais profunda, é formada basicamente por tecido conjuntivo.

A epiderme dá origem a várias estruturas, como pelos, penas e diferentes glândulas anexas. A derme contém músculos lisos, que se contraem, arrepiando nossos pelos. É também a contração desses músculos que faz sair o suor, produzido pelas glândulas sudoríparas, e a substância gordurosa, produzida pelas glândulas sebáceas. Os dois tipos de glândulas umedecem e lubrificam a pele.

O que o cobertor faz quando em contato com o corpo humano?

Corte da pele

As glândulas sudoríparas também desempenham importante papel na regulação da temperatura do corpo. O suor, ao evaporar-se, tira calor da pele e do sangue que passa por ela.

Os pelos exercem um sistema de isolamento exclusivo dos mamíferos, que é análogo às penas das aves. Os pelos sãos constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactadas. O pelo nasce dentro de uma pequena depressão da pele, o folículo piloso. No fundo do folículo, células em contínua multiplicação fabricam queratina, morrem e se compactam, originando o pelo.

As células que originam o pelo são nutridas e oxigenadas por capilares sanguíneos presentes junto ao folículo. Cada pelo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite sua movimentação, e a uma ou mais glândulas sebáceas, que se encarregam de sua lubrificação.

Nos mamíferos ocorrem diversos tipos de glândulas:

  • Sebáceas de secreção gordurosa, localizadas na superfície interna dos pelos, que lubrifica os pelos e a pele.
  • Sudoríparas, que produzem uma secreção aquosa contendo sais, ureia e outros produtos de excreção; a eliminação desta secreção pela pele, ajuda a regular a temperatura. As glândulas sudoríparas estão presentes em poucos mamíferos, entre os quais, o cavalo e o homem; cães e gatos "não têm" glândulas sudoríparas.
  • As glândulas mamárias produzem o alimento indispensável para a amamentação do filhote, garantindo seu sustento, até que possa conseguir alimento por recursos próprios.

Todas as glândulas derivam, no embrião, de algum epitélio de revestimento que forma um broto para dentro do tecido conjuntivo subjacente. Nas glândulas de secreção externa (glândulas exócrinas), forma-se um canal nesse broto, que se abre para o exterior, para a saída das substâncias produzidas. As glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias são glândulas exócrinas, que se abrem na pele. As salivares, o pâncreas e o fígado são glândulas exócrinas pertencentes ao sistema digestório.

As glândulas de secreção interna (endócrinas) não têm canal de saída e seus produtos (hormônios) passam diretamente para o sangue dos capilares sanguíneos.

Regulação da temperatura

O organismo do vertebrado só pode funcionar bem dentro de certos limites de temperatura. Nos vertebrados inferiores a temperatura interna tende a seguir a do meio, e a regulação é muito difícil. Porém, nos mamíferos e nas aves, a temperatura corporal se encontra sob o controle de um "termostato" nervoso na região hipotalâmica do cérebro. Desta maneira, a temperatura interna varia ao redor de 37oC. Quase toda a perda de calor tem lugar pela pele, que é de grande importância para esta regulação.

O que o cobertor faz quando em contato com o corpo humano?

Sistema nervoso central

Temos sensores de temperatura, na pele e em outras partes do corpo, que "sentem" quando o calor ou o frio aumentam. Os sensores são ligados, por nervos, ao centro cerebral de temperatura, que fica no hipotálamo. Esse centro faz os músculos e as glândulas sudoríparas atuarem.

O que o cobertor faz quando em contato com o corpo humano?

Homeotermia

O tecido conjuntivo da derme e especialmente seu tecido adiposo, são de natureza isolante, assim como os pelos e as penas. Portanto, a pele desempenha um papel ativo na regulação da temperatura. Os pelos e as penas são reguladores ajustáveis, e a perda do suor é a que produz o esfriamento.

Tem grande importância o sistema vascular da pele, que se encontra sob o controle do sistema nervoso autônomo. Em uma pele "congestionada", cujas arteríolas e capilares se encontram dilatados, se perde calor rapidamente; quando as arteríolas se contraem (por exemplo, quando a pele empalidece), se conserva o calor.

Quando faz frio, os músculos lisos dos capilares sanguíneos da pele se contraem, diminuindo a perda de calor. Se isso não bastar, contrações involuntárias dos músculos esqueléticos (calafrios) produzirão calor. Ao contrário, se está quente, o centro cerebral determina que os vasos sanguíneos da pele se dilatem, perdendo calor para o ar. Ao mesmo tempo, as glândulas sudoríparas trabalham mais e a evaporação do suor resfria a pele.

Esse tipo de mecanismo se chama retroalimentação negativa (feedback -), porque as ordens, nesse caso dadas pelo hipotálamo, sempre se opõem (sentido inverso!) ao que está acontecendo. Contra o calor, fazem o corpo esfriar; contra o frio, conservam e produzem calor.

No organismo, o calor é produzido pelo exercício muscular, pela assimilação dos alimentos e por todos os processos vitais que contribuem para a intensidade do metabolismo basal e é perdido por irradiação, condução e evaporação da água nas vias respiratórias e na pele. Pequenas quantidades de calor são também retiradas pela urina e fezes.

O equilíbrio entre a produção e a eliminação de calor determina a temperatura corporal. Devido ao fato de a velocidade das reações químicas variar com a temperatura e dos sistemas enzimáticos do organismo terem margens estreitas de temperatura, dentro das quais sua função é ótima, a função normal do organismo depende de uma temperatura corporal relativamente constante.

Os animais inferiores não podem regular suas temperaturas corporais com muita eficiência e, portanto, estão à mercê do ambiente. Nos vertebrados, desenvolveram-se mecanismos para manter a temperatura corporal por ajuste da produção e da perda de calor. Nos répteis, anfíbios e peixes os mecanismos de ajuste são rudimentares e estas espécies são chamadas "animais de sangue frio" ou poiquilotérmicos (heterotérmicos ou pecilotérmicos), porque sua temperatura corporal varia dentro de um limite considerável. Nas aves e nos mamíferos, os "animais de sangue quente" ou homeotérmicos (endotérmicos), um grupo de respostas reflexas, integradas no hipotálamo, atua para manter a temperatura corporal dentro de um estreito limite, a despeito das amplas flutuações da temperatura ambiente. Os mamíferos hibernantes constituem uma exceção parcial: quando estão acordados são homeotérmicos, mas durante a hibernação sua temperatura corporal cai.

Em animais homeotérmicos, a temperatura normal na qual o corpo é mantido, varia de espécie a espécie e, em menor grau, de indivíduo a indivíduo. No homem, o valor normal da temperatura bucal é de 37oC. Várias partes do corpo estão a temperaturas diferentes e a grandeza da diferença de temperaturas entre as partes, varia com a temperatura ambiente. Geralmente, as extremidades estão mais frias do que o resto do corpo.

A temperatura normal do interior do organismo humano, sofre uma flutuação diurna regular de 0,5 a 0,7oC. A temperatura é mais baixa durante o sono, ligeiramente mais elevada no estado de vigília, porém tranquilo, e eleva-se com a atividade. Nas mulheres, há um adicional ciclo mensal de variação de temperatura, caracterizado por uma mudança da temperatura basal na época da ovulação. Nas crianças de tenra idade, normalmente, podem estar com a temperatura 0,5oC acima da norma estabelecida para o adulto.

Uma variedade de reações químicas contribui constantemente para a produção calórica corporal. A principal fonte de calor é a contração dos músculos esqueléticos. Hormônios como a epinefrina (adrenalina) e a norepinefrina (noradrenalina) produzem um aumento rápido, mas fugaz, da produção calórica e a tiroxina causa um aumento prolongado que se desenvolve lentamente.

Uma fonte de considerável calor em crianças é um tipo especial de gordura - gordura castanha - que está localizada entre e à volta das espáduas. Esta gordura tem elevada intensidade de metabolismo e sua função tem sido comparada à de um cobertor elétrico. A gordura castanha também é encontrada em vários animais, porém, ao contrário da gordura branca comum, não é encontrada nos adultos humanos.

A quantidade de calor que atinge a pele, vindo dos tecidos profundos, pode variar pela mudança do fluxo sanguíneo cutâneo. Quando os vasos da pele estão dilatados, o sangue quente flui para a pele, enquanto no estado de máxima vasoconstrição o calor é mantido centralmente no corpo.

As aves têm uma camada de penas junto à pele e a maioria dos mamíferos tem uma significativa camada de pelos ou pelagem. O calor é conduzido da pele para o ar aprisionado nessa camada e desse ar para o exterior. Quando a espessura da camada aprisionada aumenta pelo arrepiar das penas ou ereção dos pelos (horripilação), a transferência de calor através da camada é diminuída e as perdas calóricas (ou, em um ambiente quente, o ganho calórico) são reduzidas.

Outro importante processo que transfere o calor do corpo no homem e nos animais que transpiram, é a evaporação da água na pele e nas membranas mucosas da boca e das vias respiratórias. A evaporação de 1 grama de água retira cerca de 0,6 kcal de calor.

Alguns mamíferos perdem calor pelo ofegar. Esta respiração rápida e superficial eleva grandemente a quantidade de água evaporada na boca e nas vias respiratórias e, portanto, a quantidade de calor perdido.

Mecanismos reguladores da temperatura

Mecanismos ativados pelo frio:

Tiritar

aumentam a produção calórica

Fome

Aumento da atividade voluntária

Aumento da secreção da epinefrina e da norepinefrina

Vasoconstrição cutânea

diminuem a perda calórica

Enrolamento

Horripilação

Mecanismos ativados pelo calor:

Vasodilatação cutânea

aumentam a perda calórica

Sudação

Aumento da respiração

Anorexia

diminuem a produção calórica

Apatia e inércia

Enrolar "como uma bola", é uma reação comum ao frio, em animais, e é a posição correspondente que algumas pessoas assumem ao deitarem-se em uma cama fria. Enrolar-se diminui a superfície corporal exposta ao ambiente.

O tremor é uma resposta involuntária dos músculos esqueléticos, mas o frio também causa um aumento geral semiconsciente da atividade motora, por exemplo, bater os pés, agitar os braços e andar agilmente de um lado para outro, em um dia frio.

As respostas reflexas, ativadas pelo frio ou pelo calor, são regidas pelo hipotálamo. Lesões em diferentes regiões do hipotálamo podem levar tanto à hipertermia, quanto à queda drástica da temperatura corporal.

Febre

A febre é, talvez, o mais antigo e o mais universalmente conhecido sinal da doença. Quando um indivíduo está febril, os seus mecanismos termorreguladores se comportam como se estivessem ajustados para manter sua temperatura corporal a um nível mais elevado do que o normal, isto é, "como se o seu termostato tivesse sido reajustado" para um novo ponto de ajuste acima de 37oC. Os seus receptores de temperatura, então sinalizam que a sua real temperatura está abaixo do novo ponto de ajuste. Os mecanismos de elevação da temperatura são ativados, produzindo sensações de frio devido à vasoconstrição cutânea e, ocasionalmente, tremor para produzir um calafrio. Os salicilatos, presentes em analgésicos como a aspirina, parecem aliviar a febre baixando o ponto de ajuste dos mecanismos termorreguladores para o normal.

O que o cobertor faz quando entra em contato com o corpo humano?

Ele age como um isolante térmico. Funciona assim: nossa temperatura interna é de 36 °C. Mas estamos sempre perdendo calor para o ambiente, aquecendo o ar ao nosso redor. O cobertor ajuda a manter esse ar quente “preso”.

Por que é errado dizer que o casaco é coberta esquentam o nosso corpo explique o que realmente acontece?

Resposta verificada por especialistas O cobertor não esquenta porque ele não é uma fonte de calor. Ele é, na verdade, um bom isolante térmico. Portanto, o cobertor impede que o seu corpo perca calor para o ambiente frio. A sensação de frio é nada mais que o seu corpo perdendo calor para o ambiente.

O que aquece o corpo humano?

Nossas células queimam energia - e aquecem o organismo. Dessa forma, nossas células produzem uma molécula chamada adenosina trifosfato (ATP), usada pelo corpo para fazer de tudo, desde piscar os olhos até bater o coração. O calor é um efeito colateral da quebra.

Por que nós sentimos aquecidos no inverno quando cobertos com cobertores?

Assim, os agasalhos de frio, os cobertores e etc. servem para nós como isolantes térmicos que barram a saída e perda de calor do nosso corpo para o ambiente. Esse fenômeno é uma das aplicações básicas da termodinâmica.