O que é feito o cigarro e o álcool pode causar ao sistema nervoso central?

Os cientistas sabem que o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas não faz bem para a saúde --na verdade, todos nós já sabemos, né? Porém, brechas em estudos científicos anteriores não tiravam completamente as dúvidas sobre como as substâncias nos afetam.

Para ter ainda mais detalhes dos efeitos, novas pesquisas discutiram a idade dos voluntários e o uso combinado de bebidas e cigarros. Os cientistas concluíram que um terço das mortes por consumo de álcool ocorreu entre pessoas de 20 a 49 anos. 

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Na primeira análise, publicada no Journal of Studies on Alcohol and Drugs, pesquisadores apontaram que muitos estudos sobre os efeitos de beber com moderação eram feitos com pessoas acima de 50 anos, o que cria uma imagem distorcida das reações do álcool por eliminar as pessoas que morreram pelo consumo de álcool em idades mais jovens.

Como foi feito o estudo

  • Cientistas juntaram dados com estimativas de mortes relacionadas ao álcool e anos potenciais de vida perdidos devido ao consumo de álcool nos Estados Unidos.
  • O banco de dados incluiu 54 condições médicas que estão relacionadas, direta ou indiretamente, ao consumo de álcool, como doenças hepática alcoólica e acidentes de carro relacionados a dirigir embriagado.
  • Os números mostraram que um terço das mortes por consumo de álcool ocorreu entre pessoas de 20 a 49 anos.
  • De 2006 a 2010, cerca de 36% das mortes relacionadas ao consumo de álcool ocorreram em pessoas de 20 a 49 anos, e 35% entre pessoas com 65 anos ou mais;
  • Pensando no benefício do álcool, apenas 4,5% das mortes estimadas seriam evitadas pelo consumo de álcool entre os 20 e os 49 anos de idade, em comparação com 80% entre as pessoas com 65 anos ou mais.

Por que isso importa?

Com todas as informações ficou claro que estudos anteriores que envolvem idosos subestimaram os riscos relacionados ao álcool e que é preciso fazer análises com voluntários de todas as idades. É preciso ficar alerta para a ingestão de bebidas alcoólicas e não se iludir achando que elas não prejudicam o organismo de jovens adultos e pessoas na meia-idade. 

Álcool e cigarro, uma combinação ainda pior

A segunda pesquisa, divulgada pela ACS Chemical Neuroscience, se aprofundou em saber as consequências prejudiciais à saúde de tomar bebidas alcoólicas e fumar. 

O cigarro causa alterações químicas, estresse oxidativo e inflamação no cérebro, e o uso excessivo de álcool pode ter efeitos semelhantes. Porém, poucos estudos examinaram o impacto combinado do fumo e do álcool no cérebro. 

Descobertas do estudo feito com ratos

  • Parte dos animais recebeu álcool, fumo de tabaco ou ambos duas vezes por dia durante 28 dias, depois pesquisadores compararam os cérebros com ratos que não receberam nenhuma substância.
  • O álcool combinado ao tabagismo aumentou os níveis de citocinas pró-inflamatórias. Ou seja, o uso conjunto de tabaco e álcool elevou o dano neural em determinadas regiões do cérebro.
  • Os ratos que receberam as substâncias tóxicas apresentaram níveis mais baixos de um fator de crescimento que ajuda os neurônios existentes a sobreviver e estimula o crescimento de novos. 

Estes resultados sugerem que quem bebe e fuma está em risco adicional de danos neurais e é preciso ficar alerta com o funcionamento do cérebro. 

Sei que é carnaval e você está querendo fazer uma bagunça e não pensar na sua saúde, mas caso não tenha ficado claro, é melhor pegar leve com os drinques e os cigarros.

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As bebidas alcoólicas são fabricadas desde a pré-história e hoje estão inseridas na cultura de diferentes povos ao redor do mundo, sendo utilizadas tanto como meio de socialização quanto em festividades, cerimônias e rituais.

No Brasil, o consumo de bebidas alcoólicas cresceu 43,5% em dez anos, passando de 6,2 litros/ano por brasileiro com mais 15 anos, em 2006, para 8,9 litros, em 2016. Esse dado mais recente, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), supera a média mundial de 6,4 litros de álcool puro/ano por pessoa.

Apesar de ser uma droga lícita, amplamente vendida e aceita socialmente, o consumo excessivo e prolongado dessa substância pode trazer sérios riscos à saúde, inclusive dependência alcoólica, que deve ser tratada por profissionais especializados a fim de evitar a piora dos sintomas e o desenvolvimento de problemas físicos, psicológicos e sociais mais graves.

A bebida alcoólica age de maneiras diferentes em cada pessoa devido a vários fatores, tais como a quantidade consumida, a frequência de uso, a idade, o sexo, o histórico familiar e as condições de saúde física e psíquica do usuário.

Alguns efeitos do álcool no organismo são mais comuns e aparecem logo após os primeiros goles, outros são cumulativos e demoram a se manifestar. Neste post, apresentamos 8 consequências do uso do álcool. Confira!

1. Alterações cerebrais

O álcool é um depressor do sistema nervoso central, ou seja, uma substância que diminui a atividade do cérebro, alterando a ação de neurotransmissores, como o ácido gama-aminobutírico, o glutamato e a serotonina. Conforme a pessoa ingere a bebida, o organismo reage de uma determinada forma, seguindo alguns estágios.

Quando a concentração de álcool no sangue é baixa (entre 0,01 e 0,12 gramas/100 mililitros), o indivíduo tende a ficar desinibido, relaxado e eufórico. À medida que essa quantidade aumenta, outras reações aparecem, como lentidão dos reflexos, problemas de atenção, perda de memória, alterações na capacidade de raciocínio e falta de equilíbrio. Em níveis muito altos (a partir de 0,40 gramas/100 mililitros), pode haver intoxicação severa e parada cardiorrespiratória, com possibilidade de sequelas neurológicas e até mesmo morte.

Além desses efeitos visíveis e imediatos, o consumo exagerado de álcool, principalmente na infância e adolescência, pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, inibir o crescimento de novos neurônios e causar lesões permanentes, além de ser um fator de risco para a depressão ou outro transtorno mental.

2. Lesões hepáticas

Um órgão bastante afetado pela ingestão de bebidas alcoólicas é o fígado, responsável pelo metabolismo dessas substâncias. Há evidências de que o consumo imoderado de bebidas alcoólicas pode causar esteatose hepática, conhecida também como fígado gorduroso. Essa doença é causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, podendo regredir ou ficar estável conforme os anos passam, ou evoluir para a hepatite alcoólica, uma inflamação cujos sintomas são dor abdominal, inchaço da barriga, pele e olhos amarelados, náusea, vômito, perda de apetite, entre outros.

O abuso da ingestão de bebidas alcoólicas também pode ser responsável pela cirrose hepática, uma lesão crônica que se caracteriza pela formação de cicatrizes (fibrose) e formação de nódulos que bloqueiam a circulação do sangue. Em muitos casos, há a necessidade de transplante do órgão.

3. Irritação do estômago

Fora os conhecidos sintomas de enjoo, náusea e vômito, o álcool pode causar irritações, infecções ou erosões na mucosa gástrica, resultando em uma gastrite aguda. Isso acontece porque a bebida chega primeiro ao aparelho gastrointestinal, aumentando a secreção de ácido clorídrico. O resultado são dores abdominais, queimação, azia, perda de apetite e vômito recorrente.

4. Disfunção renal

Os rins são responsáveis pela filtragem do sangue, eliminação de resíduos nocivos ao organismo, regulação do equilíbrio ácido/básico, manutenção do volume de água no corpo, produção de hormônios, entre outras funções importantes.

A ingestão exagerada de álcool pode aumentar a diurese, que é a produção de urina, o que provoca desregulação da concentração de eletrólitos no sangue, elevação da pressão arterial e alteração no funcionamento do órgão.

5. Inflamação do pâncreas

Quem consome muita bebida alcoólica pode desenvolver pancreatite crônica, uma inflamação do pâncreas que provoca endurecimento e redução do tamanho do órgão. As consequências são forte dor na região abdominal, diarreia com fezes gordurosas — devido à menor produção de lipase, enzima responsável pela digestão de gorduras —, perda de peso e diabetes. Essa última decorre das alterações que o álcool pode causar no funcionamento do pâncreas, como a diminuição da produção de insulina ou a incapacidade do órgão de produzir esse hormônio.

6. Problemas cardíacos

Há estudos que mostram que a ingestão de álcool em doses moderadas pode trazer benefícios à saúde por melhorar a circulação sanguínea e proteger o sistema cardiovascular. O vinho tinto, por exemplo, é rico em flavonoides e resveratrol, uma substância antioxidante encontrada na pele e nas semente das uvas que impede a formação de coágulos de sangue, tem ação anti-inflamatória, neutraliza os radicais livres e reduz o colesterol ruim.

Porém, a ingestão excessiva de álcool pode desencadear problemas cardíacos significativos, entre eles:

  • a cardiomiopatia alcoólica — uma alteração na função contrátil do músculo do coração;
  • a arritmia — caracterizada pela desregulação do ritmo dos batimentos cardíacos;
  • o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC hemorrágico) — causado pelo sangramento de uma artéria;
  • a hipertensão arterial — conhecida popularmente como pressão alta.

7. Enfraquecimento do sistema imunológico

Por entrar facilmente na corrente sanguínea, o álcool percorre todo o organismo, reduz a produção de glóbulos vermelhos e compromete o sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível ao aparecimento de infecções e doenças. Uma pessoa que bebe uma grande quantidade de álcool, mesmo que em uma única ocasião, tem mais chances de desenvolver pneumonia, tuberculose e anemia, por exemplo.

8. Aumento do risco de câncer

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, tais como de laringe, faringe, boca, esôfago, fígado, estômago, intestino e mama.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a relação dose/resposta entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer é evidente, sendo que o álcool está associado a 4% dos óbitos por câncer.

Agora que você conhece mais sobre os efeitos do álcool no organismo, deixe um comentário em nosso post e compartilhe suas dúvidas, conhecimentos e sugestões sobre esse e outros temas relevantes para você e seus familiares!

O que é feito o cigarro e o álcool pode causar ao sistema nervoso central?

Os efeitos podem ser: Estimulantes do sistema nervoso central podendo causar a sensação de euforia, aumento da pressão e da frequência cardíaca, descontrole emocional e perda da noção da realidade.

Quais os efeitos do álcool no sistema nervoso central?

Como o álcool age no sistema nervoso central? Sendo uma droga depressora do SNC, o álcool faz com que o cérebro fique menos “ativo”, prejudicando nossa capacidade de pensar, planejar ações, memorizar e até mesmo de nos mover com precisão!

Quais os efeitos do cigarro e do álcool no organismo?

Estas substâncias são responsáveis pelo aumento dos riscos que estes indivíduos tem de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea , enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebral, impotências sexual.

Por que o álcool deprime o sistema nervoso central?

O etanol potencializa a ação do GABA, que é o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central, atuando sobre os receptores GABAA de maneira semelhante aos benzodiazepínicos.

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