Mulher dando o cu de quatro

Significado de Rabo de saia

substantivo masculino Mulher jovem ou adulta; designação atribuída de modo geral a qualquer indivíduo do sexo feminino; mulher.[Popular] Modo através do qual são geralmente designadas as mulheres sobre as quais nada se sabe: fulano não pode ver um rabo de saia!Etimologia (origem de rabo de saia). Rabo + de + saia.

Definição de Rabo de saia

Classe gramatical: substantivo masculino
Separação silábica: ra-bo-de-sai-a
Plural: rabos de saia

Exemplo com a palavra rabo de saia

Mas já que os deuses, contrariando os militares, pareciam estar do lado deles, o jeito foi relaxar e aproveitar o sucesso até a última gota de uísque e o último rabo de saia. Folha de S.Paulo, 05/02/2010

Mulher dando o cu de quatro

Outras informações sobre a palavra

Possui 12 letras
Possui as vogais: a e i o
Possui as consoantes: b d r s
A palavra escrita ao contrário: aias ed obar

Rimas com rabo de saia

  • saia
  • microssaia
  • sobressaia
  • minissaia
  • midissaia
  • capa-saia
  • ensaia
  • maxissaia
  • sobsaia
  • agarra-saia
  • ressaia
  • burasaia
  • levanta-saia
  • lindsaia
  • apanha-saia
  • capas-saia
  • ganha-saia
  • rabos de saia
  • saca-saia
  • quina-calisaia
  • quinas-calisaia

Mais Curiosidades

Movidas pelo amor à música, e paixão ao jovem senhor de pelo menos 162 anos ao qual todos conhecem como Samba, as mulheres do grupo Rabo de Saia enfrentam uma jornada tripla entre cuidar dos filhos e família, trabalhos com carga horária diária e o desafio de levar alegria e música noite a dentro como artistas.

Estas são a correrias e paixões que movem as vidas de Pamela Fonseca e Thays Peclat, atuais vocalista e percussionista geral, respectivamente, do Rabo de Saia. O grupo existe há 10 anos e nasceu em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina.

Leia mais

Mulher dando o cu de quatro
Pamela Fonseca e Thays Peclat enfrentam tripla jornada por amor à música, em especial ao Samba – Foto: Reprodução/Internet

Pamela, que está no grupo desde o começo, conta um pouco da história do Rabo de Saia. “O grupo nasceu do encontro de cinco amigas. Há 10 anos eu estava em uma festa cantando, dando uma palinha, não profissionalmente, mas sempre gostei muito de cantar e a Regina, na época do cavaco, me viu e me convidou para montar uma banda”, conta.

Inicialmente o grupo era formado por Rayana na percussão geral, Manu no pandeiro, Regina no cavaco e Pamela no vocal. “O nome veio depois de várias reuniões e a gente queria um que já evidenciasse que era uma banda de mulheres e diferenciar desses nomes comuns de pagode, por isso veio o Rabo de Saia que já se tornou popular na região”, destaca Pâmela.

Thays conta que o amor pela MPB (Música Popular Brasileira) se consolidou como algo ainda mais forte quando ela encontrou as meninas do Rabo de Saia. “Cresci ouvindo Samba, MPB, Pagode, meu pai é cantor de Samba então sempre tive a música muito próxima de mim! Quando conheci as meninas tudo fluiu de uma forma muito natural e leve! Iniciamos por robby e ao longo dos anos foi tomando a proporção que temos hoje”, comenta.

Ao longo dos 10 anos foram muitos desafios que o grupo enfrentou, como a mudança na equipe e claro, a interrupção causada pela pandemia de Covid-19. O retorno marcou uma divisão importante de atuação do grupo na música catarinense.

“O período antes e pós pandemia foi um divisor de águas. Antes da pandemia era incrível poder atuar nas festas, a gente encara com muito respeito esse trabalho de levar alegria e entretenimento para as pessoas. Em grande parte da pandemia a gente ficou sem fazer show, que foi do início em fevereiro de 2020 até setembro de 2021, quando as leis começaram a afrouxar um pouco e as medidas de prevenção foram flexibilizadas”, relembra.

Mulher dando o cu de quatro
Enfrentando tripla jornada por amor à música, Thays e Pamela se preocupam também com a prevenção à Covid-19 – Foto: Reprodução/Internet

Vivendo de comemorações e alegrias, Thays e Pamela enfrentam um desafio pessoal de se protegerem da Covid-19 e com isso, proteger as famílias delas. A insegurança de saber se poderão atuar ou não nos próximos meses, como estará a situação sanitária do país também é uma preocupação, como explica Thays.

“O maior desafio não só em 2022, mas desde o ano passado, que foi quando nós do Rabo de Saia retornamos aos palcos, é a insegurança por conta da pandemia. Não sabemos quando vai acabar e a qualquer momento pode cancelar todos os eventos novamente e isso causaria um reflexo muito grande, visto que estamos em um momento crucial da nossa evolução”, explica a percussionista.

Para se protegerem, as meninas tocam em casas que priorizam as medidas de prevenção. “Hoje a maioria das casas onde a gente toca ainda pedem o uso da máscara, atuando com 70% da capacidade de público, e por isso a gente ainda não consegue fazer shows com a mesma quantidade de público que fazíamos antes, até porque tem muitas pessoas doentes ainda”, explica Pamela.

Alegria, empoderamento e diversidade

Hoje o Rabo de Saia é liderado por duas mulheres, uma negra e lésbica e outra casada com um homem transexual. Além da alegria do Samba, a diversidade é uma mensagem crucial que esta embutida nas apresentações, público e escolhas do grupo.

“Agora vejo que o Rabo de Saia, além de empoderamento feminino, leva uma mensagem de respeito. Nós temos homens transexuais na banda, uma vocalista negra, mulheres lésbicas, bissexuais, uma banda muito múltipla que toca em lugares que apoiam a diversidade e tem público muito grande LGBTQIA+“, salienta Pamela.

O desafio de ser mulher em qualquer profissão exige posicionamento, luta por respeito, igualdade e liberdade. Trabalhar na noite em uma área majoritariamente masculina com uma banda liderada por mulheres é quase que literalmente bater o pé na porta do machismo.

“Só de ser mulher em um ambiente totalmente masculino e machista que é o Samba, um ambiente preconceituoso, exige muito. Porque você viajar a noite e ter esse corre de madrugada e tal dá uma brecha para o machismo. Só nessa atuação eu acredito que já há política, apesar do principal objetivo da banda ser levar alegria e entretenimento”, destaca Pamela.

Mulher dando o cu de quatro
Pamela e Thays, do Rabo de Saia, contam o desafio de serem mulheres que atuam no Samba – Foto: Reprodução/Internet

Liderar e se fazer ouvir de uma forma positiva é um desafio extra para mulheres negras. Nesta posição, Pamela se vê muitas vezes entre dois caminhos difíceis: ser silenciada ou ser vista como uma mulher exageradamente brava.

“Eu vejo o desafio de ser uma mulher negra em todos os âmbitos nos quais atuo, como artista, como ativista social, como publicitária. A dificuldade que vejo, por exemplo, é de ser escutada. Existe um silenciamento da mulher negra e uma falta de credibilidade e de respeito a essa autoridade”, explica.

“Como vocalista, eu acabo sendo uma gestora da banda, de fornecedores, contrato de pessoas e etc. Então eu sinto até uma falta de respeito de alguns músicos de ‘Ah é uma mulher negra’. Se fosse um homem branco vocalista da banda a postura seria outra. Eu tenho dificuldade de me fazer entender e também, quando saio um pouco do prumo é óbvio que sou vista como a mulher negra barraqueira, não acontece com frequência, mas eu acho que quando acontece tem esse lugar”, completa.

O desafio também esta em uma hipersexualização do corpo, comum a corpos negros num geral, mas que na vida de mulheres se tornam mais uma barreira profissional.

“Me comparam com a globeleza, exigem que, além de saber cantar, a mulher tem que saber sambar, a questão de achar de porque eu estou na noite com algum tipo de roupa, ou comportamento no palco, permite e da abertura pra essa hipersexualização, ou autoridade sobre o meu corpo, as pessoas acham que podem me tocar”, desabafa Pamela.

Tripla jornada

Tanto Thays quando Pamela são mães, esposas e têm outras atividades profissionais além do grupo. Ambas se desdobram pra desempenhar todas as funções com o máximo de dedicação, mas a tarefa não é fácil.

Thays além de percussionista atua na administração de uma escola de futebol infantil. Para ela, o apoio da família é fundamental no cumprimento das atividades.

“Olha, vou te dizer que não é fácil viu? A dedicação em todas as funções precisa ser de 100%! Mas quando estamos no palco, trocando energia com nosso público e recebendo todo esse carinho, faz todo o esforço valer a pena! Graças a Deus tenho o apoio da minha família e também da família do meu marido, então em dias de show temos uma rede de apoio para nos amparar com a filhota Maria Liz de apenas 3 anos”, destaca.

Mulher dando o cu de quatro
Thays e o marido contam com a rede de apoio familiar para cuidar da filha e se dedicar ao grupo musical – Foto: Reprodução/Internet

Há dois anos Pamela e a esposa Mel vivem com o filho Caio, mesmo atuando o dia todo em uma agência de publicidade, além de outros clientes, Pamela leva e busca o filho todos os dias na escola.

“É muito difícil, conciliar os horários, se fazer presente nas atividades, todas as voltas sou eu quem faço e também me esforço pra ter uma vida diurna com ele, então independente da hora que eu vou dormir por conta dos shows, eu tento acordar cedo, ir na piscina, parquinho, zoológico, não deixar o stress de ter os três trabalhos interferir na nossa rotina”, destaca Pamela.

Novo tempo do Rabo de Saia

Mais do que nunca as meninas do Rabo de Saia buscam se profissionalizar e oferecer um serviço ainda mais robusto ao público, isso implica inclusive num aumento no valor das apresentações.

“Temos agora uma empresária e uma agência que cuida da nossa carreira, então caiu um pouco a quantidade de shows porque as pessoas estão também se acostumando com esse novo Rabo de Saia”, justifica Pamela.

Pamela reflete sobre essa nova fase, fazendo valer o tempo e energia que emprega ao grupo.

“O artista não recebe o que merece e eu fico repensando sempre se eu estou no lugar certo. Mas a satisfação de ver o público cantar com você, se arrepiar, de fazer um aniversário, ou um casamento e a pessoa vir emocionada falar que foi um dia especial. De fazer amizades através da música, de me desafiar como pessoa, de me colocar em um lugar não tão confortável, de saber receber críticas e lidar com isso. Têm várias alegrias”, reflete.

“Olhar a plateia e ver meus pais emocionados com tudo que a gente esta vivento, no último show que a gente fez no mercado público lotou, isso é muito gratificante”, Pamela Fonseca, vocalista Rabo de Saia.

“Essa chave de tornar o grupo ainda mais profissional virou de um a dois anos pra cá, quando eu percebi que eu tenho que entregar algo de maior qualidade, tenho 37 anos, tenho filho, então se for pra sair de casa tem que valer muito a pena”, finaliza Pamela.

Participe do grupo e receba as principais notícias da Diversa+ na palma da sua mão.