Mão-pé-boca pega mais de uma vez

O que é?

A síndrome mão-pé-boca é uma doença infecciosa comum que ocorre na maioria dos casos em crianças, podendo também afetar adolescentes e ocasionalmente adultos. É uma infeção contagiosa provocada habitualmente pelo vírus Coxsackie. Na maior parte dos casos, a doença é ligeira e pode melhorar com o tempo. O tratamento é dirigido aos sintomas.

Quais são os sintomas?

A infeção surge com dor de garganta, febre (38º C) durante 1-2 dias, mal-estar e perda de apetite.

Mais tarde, 1-2 dias depois, aparecem ulcerações dolorosas na língua e parte interna dos lábios e bochechas. De seguida aparecem vesículas (pequenas bolhas) dolorosas nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Não se devem rebentar estas vesículas, que acabam por desaparecer sozinhas em 7-10 dias.

Como se transmite?

A transmissão faz-se por contacto com:

  • secreções das vias respiratórias
  • secreções das feridas das mãos
  • contacto com fezes dos doentes infetados

Qual é o período de contágio?

A fase de contágio da síndrome mão-pé-boca é durante a primeira semana de doença. Porém, mesmo após a cura, a pessoa pode continuar a eliminar o vírus pelas fezes, o que o mantém contagioso durante dias ou até semanas depois dos sintomas terem desaparecido.

Qual é o período de incubação?

O período de incubação é de 3 a 6 dias.

Tive síndrome mão-pé-boca, posso voltar a ter?

Sim. Ter a doença síndrome mão-pé-boca não lhe garante imunidade, pelo que é possível voltar a ser infetado.

Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)

A doença mão-pé-boca é um problema que atinge principalmente as crianças de até cinco anos de idade, mas que pode acometer os adultos. O problema é mais comum no outono e inverno, e a contaminação se dá por meio do contato com indivíduos infectados, pelas suas secreções, fezes ou objetos. O nome da doença é devido ao aparecimento de manchas e bolhas vermelhas nos pés, mãos e boca. 

A causa da doença mão-pé-boca é uma infecção viral. O vírus Coxsackie, provindo da família dos enterovírus, aqueles que atingem o trato gastrointestinal, pode causar estomatites e criar um tipo de afta que afeta a mucosa bucal. Dentro desse grupo existem diversos outros que causam a doença, com diferentes sorotipos. Por conta desse motivo, é possível pegar a doença novamente, mesmo com o organismo melhorando a imunidade, e o corpo pode se deparar com outra variedade para a qual não tem resistência. 

Quais são os sintomas da doença mão-pé-boca?

O período de incubação do vírus, tempo da infecção até o início dos sintomas, é de três a seis dias. Na maior parte dos casos, os sintomas da doença mão-pé-boca incluem febre alta, dores no corpo – o que pode ser confundido com os de um resfriado normal – e lesões características da doença, que primeiro aparecem na boca e depois se espalham para mãos e pés. 

As lesões surgem inicialmente como pontos avermelhados, primeiro nas parte internas dos lábios, podendo atingir a parte interna da bochecha, céu da boca e garganta. Essas lesões evoluem para feridas muito dolorosas, que inclusive, impedem a criança de comer e beber devido à dificuldade de engolir e salivar, sendo necessário redobrar os cuidados para não ter problemas com vômitos ou diarreia, alguns dos sintomas frequentes

Depois de um ou dois dias que essas lesões foram formadas, surgem as feridas nas palmas das mão e dos pés. Nessas regiões, as feridas se parecem com bolhas que estouram, causando grande desconforto para o paciente. 

Esses traumas na pele incomodam os pequenos porque elas coçam e são doloridas. Em poucos casos, a doença aparece somente em uma região do corpo e nem sempre a criança terá todos os sintomas.  

Como ocorre a transmissão da doença mão-pé-boca?

Na maioria dos casos, a transmissão se dá por via fecal e oral, através do contato direto entre as pessoas. A falta de higiene pessoal pode acabar contaminando diversas superfícies e transmitindo a doença pelos objetos, além de alimentos. Após a pessoa se recuperar, o vírus pode ser transmitido pelas fezes durante cerca de quatro semanas.

Como diagnosticar a doença mão-pé-boca?

O diagnóstico da doença mão-pé-boca é feito clinicamente, com base nos sintomas, aparência das lesões e localização. Em alguns casos, a sorologia (exame de sangue) e o exame de fezes ajudam a identificar o tipo de vírus causador da infecção. Além disso, se faz muito necessário estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que causam estomatites aftosas ou vesículas na pele do paciente. 

O que é recomendado fazer caso a pessoa contraia a doença mão-pé-boca?

  • Alimentos pastosos e líquidos são mais fáceis de engolir.
  • Bebidas geladas, como chás, água e sucos naturais são fundamentais para manter a hidratação do organismo, podendo aliviar um pouco a dor e podem ser consumidos em pequenos goles.
  • Sempre lavar as mãos antes e depois de ter contato com a criança doente. Caso ela puder fazer sozinha, pedir para que mantenha a higiene mesmo depois de curada para não contaminar objetos e superfícies.
  • Evitar contato muito próximo (beijos e abraços).
  • Cobrir boca e nariz ao espirrar e tossir.
  • Não compartilhar de forma alguma talheres, copos ou mamadeiras.
  • Afastar o paciente da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas, se mantendo em repouso.
  • Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes da pessoa doente com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa).

Qual é o tratamento da doença mão-pé-boca? 

A doença mão-pé-boca tem cura. Geralmente, tem duração de 7 a 10 dias depois do aparecimento dos primeiros sintomas.

Não existe tratamento específico e ainda não existe uma vacina para a doença mão-pé-boca. O que pode ser feito pelos especialistas é manter os sintomas sob controle por meio de medicamentos antitérmicos e anti-inflamatórios. Já os antivirais são reservados para a forma mais grave. Também são passadas indicações nutricionais para os pais ajudarem as crianças a não ficarem desnutridas durante o período. 

É essencial que a criança fique afastada do seu convívio social enquanto estiver infectada, mesmo que os sintomas sejam leves. A doença é altamente infecciosa. 

A Rede D’Or São Luiz realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência por ano e oferece clínicas, hospitais e ambulatórios espalhados pelos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e no Distrito Federal.

Marque sua consulta.

Quantas vezes pode pegar Pé mão e boca?

É possível pegar a doença mão-pé-boca mais de uma vez. Apesar de haver uma melhora na imunidade contra a infecção após o contágio, a doença pode ser causada por diversos tipos de vírus. Dessa forma, é possível infectar-se com outra variedade, para a qual o corpo não desenvolveu resistência.

Quais as sequelas da doença pé mão e boca?

A 'Síndrome Mão-Pé-Boca' pode causar febre alta nos dias que antecedem as lesões na boca, amidalas e faringe, além de bolhas nas plantas dos pés e mãos, nádegas e região genital.

Quem teve mão pé e boca pode pegar mais de uma vez?

Quem pega uma vez pode ainda pegar de novo, já que o vírus é mutante e não existe vacina. O tempo de incubação varia de três a cinco dias, o que contribui para alta na transmissão. Além de começar a ser transmitido antes de a pessoa detectar o primeiro sintoma, o vírus também é expelido nas fezes por até seis semanas.

Quanto tempo dura o vírus mão pé e boca?

Sua duração é de 2 a 3 dias. A apresentação mais comum são as vesículas dolorosas na boca (bolhas/erupções), nas mãos e nos pés, mas que também podem estar presentes nas nádegas e genitais. Também é possível o aparecimento de um exantema (bolinhas vermelhas) na pele.