Livro Olhai os Lírios do Campo

4,0 de 5 estrelas “...saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo...”
Avaliado no Brasil em 2 de dezembro de 2020

A edição da Companhia das letras é boa (li no kindle). Apresenta prefácio (a conquista do realismo), prefácio do autor, parte I, parte II, crônica histórica e crônica biográfica. Foi publicado em 1938 e projetou Erico Verissimo nacionalmente. É composto de duas partes. Na primeira acompanhamos a longa viagem de carro que o protagonista Eugênio faz até o hospital em que se encontra a personagem Olívia à beira da morte. Durante o percurso, toda a história de Eugênio é contada por meio das suas lembranças. É uma trajetória de sofrimento, humilhação, perdas, egoísmo e ambição. Seu sentimento de inferioridade e sua busca por ascensão o levaram a fazer escolhas que não trouxeram nem paz nem felicidade. Na segunda parte, depois de um acontecimento traumático na vida de Eugênio, acompanhamos o seu arrependimento e sua redenção. É uma história bonita com algumas passagens muito emocionantes e com alguns ensinamentos e reflexões. Um fato curioso é que o autor confessa no prefácio, escrito em 1966, que não tinha muita estima por este romance e que o achava “um tanto falso e exageradamente sentimental”. Talvez a virtude e a bondade extremas de Olívia possam ser consideradas inverossímeis em alguns momentos. Ainda assim, acredito que isso não tira a beleza desse romance. Recomendo muito a leitura!

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100 PRINCIPAIS AVALIADORES

Avaliado no Brasil em 19 de junho de 2018

Olhai os Lírios do Campo figura entre minhas obras prediletas da Literatura Nacional. Obra que deu projeção nacional a Érico Veríssimo, publicado em 1938, a obra apresenta um personagem principal - Eugênio ou Genoca - que busca incessantemente a fuga da situação social a qual está inserido. O livro nos traz as preocupações dos anos 30, inclusive antevendo a catástrofe que a comunidade judaica seria submetida no velho continente.

O livro é dividido em duas partes, onde a primeira se desenvolve do momento em que ele toma conhecimento da deterioração da saúde de Lívia, e o percurso em que faz de automóvel até o hospital, rememorando a sua vida; e uma segunda parte onde o personagem discorre mais sobre o passado recente e o presente. Genoca, criado na privação de uma Porto Alegre que recebe ainda ondas de imigrantes europeus em busca de paz em uma Europa que novamente se preparada para a guerra, não consegue aceitar as privações as quais é submetido em decorrência de um pai pobre, alfaiate. É um personagem neste momento que em diversas vezes lembra Pip, de Grandes Esperanças: uma criança deslumbrada com as possibilidades inerentes a riqueza.

Com uma narrativa fluida, bem escrita, o autor apresenta praticamente um Romance de Formação, onde temos um personagem paulatinamente evoluindo, deixando - ou esforçando-se para deixar - uma vida baseada em desejos materiais, ambições, revolta contra sua infância pobre, para uma vida em prol de algo superior.

Duas das cenas que mais atraíram minha atenção envolvem o suicídio de Mr Tearle e o momento quando Eugênio finge não conhecer seu próprio pai, por temer insinuações dos seus amigos que o acompanham sobre sua miséria.

A primeira cena me trouxe a mente o personagem Septimus do livro Mrs. Dolloway, de Virginia Woolf, que também não consegue conviver com suas lembranças da Guerra e acaba cometendo suicídio.

A segunda cena, chocante ao ponto de um filho renegar seu próprio pai por não aceitar sua condição miserável (algo que nos remete a algumas obras de Dostoiévski, como Crime e Castigo, Humilhados e Ofendidos, O Duplo), recusando-se a cumprimenta-lo diante de colegas de estudo, em muito no remete a ganância social de um Lucien, no livro Ilusões Perdidas, ou as filhas Anastacia e Delfina, de O Pai Goriot, ambas a obras de Honoré de Balzac.

1000 PRINCIPAIS AVALIADORES

Avaliado no Brasil em 2 de dezembro de 2020

A edição da Companhia das letras é boa (li no kindle). Apresenta prefácio (a conquista do realismo), prefácio do autor, parte I, parte II, crônica histórica e crônica biográfica. Foi publicado em 1938 e projetou Erico Verissimo nacionalmente. É composto de duas partes. Na primeira acompanhamos a longa viagem de carro que o protagonista Eugênio faz até o hospital em que se encontra a personagem Olívia à beira da morte. Durante o percurso, toda a história de Eugênio é contada por meio das suas lembranças. É uma trajetória de sofrimento, humilhação, perdas, egoísmo e ambição. Seu sentimento de inferioridade e sua busca por ascensão o levaram a fazer escolhas que não trouxeram nem paz nem felicidade. Na segunda parte, depois de um acontecimento traumático na vida de Eugênio, acompanhamos o seu arrependimento e sua redenção. É uma história bonita com algumas passagens muito emocionantes e com alguns ensinamentos e reflexões. Um fato curioso é que o autor confessa no prefácio, escrito em 1966, que não tinha muita estima por este romance e que o achava “um tanto falso e exageradamente sentimental”. Talvez a virtude e a bondade extremas de Olívia possam ser consideradas inverossímeis em alguns momentos. Ainda assim, acredito que isso não tira a beleza desse romance. Recomendo muito a leitura!

4,0 de 5 estrelas “...saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo...”
Por Adriana em 2 de dezembro de 2020

A edição da Companhia das letras é boa (li no kindle). Apresenta prefácio (a conquista do realismo), prefácio do autor, parte I, parte II, crônica histórica e crônica biográfica. Foi publicado em 1938 e projetou Erico Verissimo nacionalmente. É composto de duas partes. Na primeira acompanhamos a longa viagem de carro que o protagonista Eugênio faz até o hospital em que se encontra a personagem Olívia à beira da morte. Durante o percurso, toda a história de Eugênio é contada por meio das suas lembranças. É uma trajetória de sofrimento, humilhação, perdas, egoísmo e ambição. Seu sentimento de inferioridade e sua busca por ascensão o levaram a fazer escolhas que não trouxeram nem paz nem felicidade. Na segunda parte, depois de um acontecimento traumático na vida de Eugênio, acompanhamos o seu arrependimento e sua redenção. É uma história bonita com algumas passagens muito emocionantes e com alguns ensinamentos e reflexões. Um fato curioso é que o autor confessa no prefácio, escrito em 1966, que não tinha muita estima por este romance e que o achava “um tanto falso e exageradamente sentimental”. Talvez a virtude e a bondade extremas de Olívia possam ser consideradas inverossímeis em alguns momentos. Ainda assim, acredito que isso não tira a beleza desse romance. Recomendo muito a leitura!

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Avaliado no Brasil em 16 de março de 2016

Como uma pessoa pode retratar tão bem as angústias, anseios, desejos secretos de uma pessoa? Erico Veríssimo foi magistral na construção desta personagem tão verdadeira e humana. Retrata seus pensamentos sórdidos e seus pensamentos sublimes de maneira honesta e sem suscitar julgamentos, simplesmente porque sabemos que o ser humano é assim, pensa assim, mesmo sem admitir ou sem querer ser assim. E podemos acompanhar o retorno da personagem aos seus sentimentos sinceros e simples, depois de experimentar o que sempre desejou: dinheiro e posição social, mas sem nunca realmente fazer parte daquele mundo. É um drama psicológico que nos faz refletir sobre nossas escolhas e o que realmente é importante para nós. Será que estamos dispostos a pagar o preço por aquilo que achamos que nos trará a felicidade, mesmo que tenhamos que abrir mão do que nossa alma foi destinada a ser?

Avaliado no Brasil em 2 de outubro de 2021

Um romance meio fragmentado, construído por memórias, na primeira parte, e cenas na maioria curtas, porém significativas, na segunda, mas que flui muito bem.
É a história de grande parte da vida de Eugênio, um garoto com complexo de inferiodade que cresce para tentar se sentir importante através da profissão de médico e do dinheiro. Olívia entra na sua vida para mostrar que o que cura a sensação de inferioridade não é procurar crescer artificialmente, com status e riquezas, mas sim a simples aceitação de si mesmo e de sua missão. Uma flor pode ser mais bonita do que um rei.

Se trata de uma história de desenvolvimento moral, então foca muito nas decisões e suas motivações. Por isso, na primeira parte chega a ser um pouco repetitivo por citar diversas vezes como a lembrança de um fato do capítulo anterior o afetava no momento da narrativa, mas é um recurso necessário. No geral, é uma história envolvente da vida interior de um jovem médico que deve enfrentar a imoralidade do mundo.

Quanto ao aspecto físico, a edição não tem orelhas mas tem um acabamento bem feito, boa diagramação e margens razoáveis.

5,0 de 5 estrelas Cenas da vida de um rapaz tardio
Por Pedro H. Lima em 1 de outubro de 2021

Um romance meio fragmentado, construído por memórias, na primeira parte, e cenas na maioria curtas, porém significativas, na segunda, mas que flui muito bem.
É a história de grande parte da vida de Eugênio, um garoto com complexo de inferiodade que cresce para tentar se sentir importante através da profissão de médico e do dinheiro. Olívia entra na sua vida para mostrar que o que cura a sensação de inferioridade não é procurar crescer artificialmente, com status e riquezas, mas sim a simples aceitação de si mesmo e de sua missão. Uma flor pode ser mais bonita do que um rei.

Se trata de uma história de desenvolvimento moral, então foca muito nas decisões e suas motivações. Por isso, na primeira parte chega a ser um pouco repetitivo por citar diversas vezes como a lembrança de um fato do capítulo anterior o afetava no momento da narrativa, mas é um recurso necessário. No geral, é uma história envolvente da vida interior de um jovem médico que deve enfrentar a imoralidade do mundo.

Quanto ao aspecto físico, a edição não tem orelhas mas tem um acabamento bem feito, boa diagramação e margens razoáveis.

1000 PRINCIPAIS AVALIADORES

Avaliado no Brasil em 7 de dezembro de 2020

Mais de oitenta anos depois de sua primeira edição, Olhai os lírios do campo mantém-se surpreendentemente atual nos temas que aborda e que são tão caros ao autor - materialismo x ética existencial, poder político x consciência social, fé em Deus x ateísmo. A história do jovem médico que abandona suas origens pobres para ascender na escala social através do casamento por interesse é a espinha dorsal deste romance, cujo estilo me lembrou o de Dostoievsky - só que com mais doçura. Foi muito bom reler este livro que tanto me encantou na adolescência e que agora me permitiu este reencontro adorável com Érico Veríssimo, sem dúvida alguma um dos maiores nomes da literatura brasileira.

Principais avaliações de outros países

5,0 de 5 estrelas Wonderful Book

Avaliado nos Estados Unidos em 9 de setembro de 2019

Excellent novel! I was pleased with the speed of the delivery.

5,0 de 5 estrelas Wonderful Book
Avaliado nos Estados Unidos em 9 de setembro de 2019

Excellent novel! I was pleased with the speed of the delivery.

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