É normal vomitar quando esta com colica

É normal vomitar quando esta com colica

A dismenorreia, popularmente conhecida como cólica menstrual, é um sintoma que não afeta todo o público feminino. Estima-se que cerca de 50 a 90% das mulheres em idade fértil sofram com essas dores durante a menstruação. Em torno de 10% dos casos, as cólicas são tão fortes que as mulheres não conseguem fazer qualquer coisa no dia, sendo uma causa frequente de faltas no trabalho e na escola. 

O que causa a dismenorreia? 

A dismenorreia não tem uma causa específica, mas as cólicas menstruais são muito associadas ao aumento dos níveis de prostaglandinas. Essa substância é um sinal químico das células que responsável por processos do corpo como o fluxo de sangue, inflamação e formação de coágulos. 

  • Dismenorreia primária - os níveis mais altos de prostaglandinas desencadeiam as contrações uterinas, responsáveis pela chamada dismenorreia primária;
  • Dismenorreia secundária - sempre é causada por outro fator, como inflamações na região pélvica, tumores nessa região, miomas, cistos e também o uso do DIU. 

As cólicas menstruais podem não estar sozinhas

As dores da dismenorreia costumam ser mais fortes no primeiro dia da menstruação. Em cerca de 50% das vezes elas não estão sozinhas. As cólicas menstruais podem vir acompanhadas de outros sintomas, como: 

  • Náuseas;
  • Vômito;
  • Dores de cabeça; 
  • Diarreia;
  • Tontura; 
  • Desmaio. 

O que fazer quando as cólicas menstruais aparecerem? 

Quando as cólicas menstruais aparecem mais fortes, fica muito difícil pensar em outras coisas. Porém, existem maneiras de diminuir a intensidade delas e conseguir passar pela menstruação de forma mais tranquila. Para lidar com a dismenorreia, você pode: 

Aplique calor na região pélvica – seja com compressas de água quente ou uma bolsa térmica colocada no local da dor, utilizar o calor pode ajudar a aliviar as dores mais fortes desse período do mês. 

Não fume no durante o período menstrual – se você é fumante, uma das recomendações que podem ajudar a aliviar as cólicas menstruais é não fumar durante esse período. 

Coma de forma mais saudável – consumir mais verduras e legumes em sua dieta, além de diminuir a quantidade de alimentos gordurosos que você come, pode diminuir a intensidade e a duração das dores. 

Comece a utilizar métodos contraceptivos – converse com seu ginecologista sobre qual pode ser o melhor método contraceptivo para você. Alguns deles podem ajudar a diminuir as cólicas menstruais. 

Referências

  • http://www.cff.org.br/userfiles/file/Profar-vol2-Dismenorreia-FINAL-TELA%20001.pdf – acessado em 28/05/2019
  • https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/menstrual-cramps/symptoms-causes/syc-20374938 - acessado em 28/05/2019
  • http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=ADOLEC&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=325465&indexSearch=ID – acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11358700 - acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10418884 - acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1914207 - acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10384807 - acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2787534 - acessado em 28/05/2019
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/497135 - acessado em 28/05/2019

PP-PFE-BRA-1876

Em alerta

Quando a adolescente deve procurar um ginecologista para uma avaliação sobre endometriose:

- Quando tem dor. Na maioria das vezes, a cólica é fisiológica, acontece com o processo de contração do útero a partir de uma substância liberada durante a menstruação. Estima-se que 40-60% das adolescentes tenham dor menstrual.

- A diferença entre a dor fisiológica e a causada por endome­triose está na intensidade. As cólicas que levam a faltas às atividades corriqueiras, como aca­de­­mia, devem ser relatadas a um gine­cologista.

- Quando a adolescente é ansiosa. Alguns indícios sugerem que mulheres com alto grau de estresse e ansiedade estão propensas a desenvolver a doença. Ela também estaria relacionado a fatores imunológicos: quanto maior o estresse, menor a imunidade, que é a responsável em criar defesas contra diversas doenças.

- A adolescente que menstruou muito cedo, tem enjôo e vômito e fluxo menstrual muito intenso deve ser avaliada por um ginecologista. Outro alerta é para aquelas jovens nas quais o tratamento das cólicas com pílulas contraceptivas não surtem efeito na melhora dos sintomas.

Fontes: ginecologistas João Dias e Maurício Simões Abrão.

As dores no período menstrual foram vistas sempre com preconceito ao longo da vida da empresária Luana Saraiva, hoje com 30 anos. "Cansei que ouvir de professoras que elas também sentiam cólica todo mês, mas nem por isso faltavam ao trabalho como eu deixava de ir à aula". O que elas não entendiam é que o que Luana sente desde a adolescência era mais complexo e grave. Desde a primeira menstruação, aos 9 anos, passava mal, desmaiava, tinha fluxo intenso, dores fortes, inclusive ao evacuar e urinar. "Aos 14 anos a situa­ção estava insustentável, já tinha procurado vários médicos, mas só anos mais tarde descobri que tinha endometriose."Luana é uma das 6 milhões de brasileiras (10% a 15% das mulheres em idade fértil) que, segundo a Associação Brasileira de En­­do­metriose (SBE), sofrem da doença que atinge a cavidade fora do útero. Uma das explicações para a causa do problema é que ocorreria, por meio das trompas, um refluxo do endométrio (tecido liberado por meio da menstruação), causando a implantação anormal desse tecido em outras regiões, como trompas, ovários, bexiga, intestino e pelve.

Em adolescentes, as dores incapacitantes associadas a outros sintomas como os de Luana, devem ser um dos primeiros sinais de alerta para pais e os próprios médicos, afirma o ginecologista do Hospital Sírio Libanês, João Dias, membro da SBE. "É comum a queixa de cólicas menstruais, que melhoram e desaparecem com analgésicos. Nas portadoras de endometriose as dores são intensas, não passam com medicamentos, causando incapacidade funcional, como falta à escola ou ao trabalho", afirma.

A doença pode progredir lentamente até a idade adulta, quando o comprometimento dos órgãos pélvicos poderá ser acentuado. Pesquisas internacionais, segundo o ginecologista Simões Abrão, que dirige o setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da Univer­sidade de São Paulo e presidente da SBE, indicam que 70% das adolescentes com cólicas incapacitantes que não melhoram com analgésicos e anti-inflamatórios po­dem ter a doença. "No Brasil fica em torno de 50%."

Com base nesses números, a SBE mantém uma campanha permanente para que pais, pacientes e médicos fiquem atentos aos sintomas. Estudo brasileiro apresentado no Congresso Mundial de En­do­metriose, em 2008, mostrou que o período entre o início dos sintomas, o diagnóstico da doença e o tratamento é de oito anos. Quando a queixa de dor começa na adolescência, esse intervalo aumenta para 12 anos. "Nesse período, é possível o surgimento de problemas intestinais e infecções urinárias, levando à piora da qualidade de vida", afirma Abrão.

Por isso, aumentar o conhecimento das mulheres é muito importante. "Em muitos casos, o diagnóstico tardio pode causar infertilidade. Isso acontece quando há acometimento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultam a gestação.

PREVENÇÃO

Tratamento depende de abordagem correta A melhor prevenção é a mulher ficar atenta à dor, seja durante a menstruação ou nas relações sexuais, e procurar um médico ginecologista. O diagnóstico é clínico, considerando os sintomas, e complementado por exames por imagem, como ultrassom transvaginal e ressonância magnética. Segundo Abraão, no Brasil foram desenvolvidos métodos mais eficientes de usar o ultrassom, preparando a paciente com o uso de laxantes, para se diagnosticar formas mais agressivas da doença.

Endometriose não tem cura, mas pode ser tratada cirurgicamente, por meio de videolaparoscopia ou com medicações que bloqueiam a produção dos hormônios femininos.

Apesar de ser uma das doenças mais estudadas na atualidade, o que acontece é um número repetitivo de cirurgias. Mas, para o especialista, isso acontece porque a abordagem do tratamento, em muitos casos, não é a mais correta. "Tenho observado que as ações relacionadas à doença melhoraram muito nos últimos cinco anos."

A jornalista participou de coletiva sobre o assunto a convite da indústria farmacêutica AstraZeneca.

É normal ter cólica e vomitar?

Cerca de 1 em 10 mulheres acabam sofrendo o que é conhecido pelos ginecologistas como dismenorreia, ou dor menstrual severa, necessitando a utilização de medicação. Essa dor intensa pode causar enjôo, vômitos e até mesmo desmaio.

O que pode ser cólica e vômito?

Cólicas e vômitos são sintomas comuns da gastroenterite; entenda o quadro. Nos últimos dias, além da covid-19 que já se arrasta desde o início de 2020, o surto de gripe tem preocupado autoridades de vários países, inclusive, do Brasil.

O que significa vomitar durante a menstruação?

A síndrome da tensão pré-menstrual ou síndrome disfórica pré-menstrual pode estar associadas a alterações do humor, dores de cabeças, sintomas neurológicos como alteração do sono, taquicardia, náuseas e vômitos. Não faz parte da síndrome da TPM a febre. A causa da febre precisa ser investigada.

O que pode ser cólica muito forte?

Fique atenta às cólicas muito fortes, pois não é normal sentir dores tão intensas. Mesmo no período pré-menstrual, a cólica extremamente dolorosa indica alguma anormalidade no sistema reprodutor. As alterações podem ser doenças como endometriose, miomas, pólipos ou inflamações pélvicas².