De que maneira a mecanização das atividades agrícolas contribuiu para a urbanização

Você certamente já viu nos jornais, na TV, na internet ou até pessoalmente uma imagem de um grande trator ou colheitadeira atuando em alguma lavoura, tal qual mostra a imagem acima, não é mesmo? É claro que nem sempre foi assim, pois as evoluções tecnológicas no campo ainda são relativamente recentes.

O processo de mecanização do campo, portanto, corresponde à gradativa inserção de novas tecnologias e ferramentas mais avançadas no processo produtivo. Assim, ganham espaço na produção rural equipamentos como as semeadeiras, as colheitadeiras, os tratores e outros, tudo para poder melhorar o desempenho da produção.

Graças a esse processo de mecanização agrícola, aliado à revolução verde, temos hoje uma maior produtividade no campo. Isso significa dizer que uma área rural produz muito mais hoje do que produzia no passado, gerando mais alimentos e também mais produtos para a exportação, o que pode ser considerado como um grande ponto positivo.

Por outro lado, o ponto negativo a ser mencionado é a substituição dos trabalhadores do campo pelas máquinas. Em alguns casos, alguns equipamentos avançados realizam em alguns dias o trabalho que centenas de pessoas fariam em um período maior, o que gera o chamado desemprego estrutural, aquele que acontece quando o posto de trabalho deixa de existir.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2011 e 2012, houve uma redução de 756 mil vagas no campo durante o período, o que mostra então uma tendência crescente no espaço rural brasileiro de aumento do desemprego. Ainda segundo o IBGE, na economia brasileira, cerca de 14,2% dos empregos atuais no país são da agricultura, enquanto, em 2004, esse valor era de 20,4% do total.

Outra consequência que pode ser considerada negativa do processo de mecanização do campo é o aumento do processo de êxodo rural. Isso ocorre porque esses trabalhadores desempregados, quase sempre, migram para as áreas urbanas em busca de empregos, intensificando rapidamente o processo de urbanização, sobretudo nas grandes cidades, o que resulta, entre outras coisas, no aumento das áreas periféricas.

Apesar disso, o processo de mecanização do campo é importante para a economia, pois faz com que a atividade agrícola consiga um desempenho melhor. Por esse motivo, é preciso mais atenção sobre esse processo, sobretudo no sentido de desenvolver políticas públicas para auxiliar os trabalhadores do campo, os produtores e também aqueles que necessitam de trabalho e renda.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

O processo de modernização do campo corresponde à implantação de novas tecnologias e maquinários no processo de produção no meio rural. Isso significa que a evolução das técnicas e dos objetos técnicos provoca uma transformação no que se refere ao espaço geográfico agropecuário. É claro que desde a constituição da agricultura o homem foi gradativamente desenvolvendo novas ferramentas e procedimentos mais avançados, mas quando falamos em modernização, falamos em um processo recente que gerou impactos em larga escala.

Historicamente, a mecanização do campo foi tida como uma consequência direta das revoluções industriais, pois essas proporcionaram um avanço nos meios de produção, atingindo o meio agrário. Foi ao longo do século XX que tais transformações ocorreram de maneira mais intensa, proporcionadas tanto pelo desenvolvimento de maquinários quanto pelas novas técnicas de manipulação dos bens de cultivo, muitos deles atrelados à Revolução Verde.

Uma das principais vantagens do processo de modernização do campo foi o aumento significativo da produtividade, incluindo a geração e distribuição de alimentos pelo mundo, o que contrariou perspectivas pessimistas que acreditavam que o crescimento populacional superaria a disponibilidade de recursos. Outro ponto positivo foi a menor necessidade de utilização de agrotóxicos nas lavouras em razão da melhoria genética das plantas, embora eles ainda sejam utilizados em larga escala.

Dos pontos negativos do processo de mecanização do campo – ou as críticas geralmente direcionadas a tal ocorrência – destaca-se o desemprego estrutural gerado entre os trabalhadores rurais. Houve uma significativa substituição do homem pela máquina nos sistemas de cultivo, o que intensificou a prática do êxodo rural, apesar de a modernização agrícola não ter sido a única responsável por esse processo.

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Existem ainda as críticas direcionadas às transformações genéticas das plantas, outra faceta da modernização agrária. Muitos segmentos da sociedade enxergam de forma cética a produção de alimentos transgênicos ou, em alguns casos, o uso em demasia de produtos químicos, tais como os defensivos agrícolas e os agrotóxicos em geral. Tais críticas, inclusive, aumentaram a visibilidade das práticas da agricultura familiar, que em geral é menos mecanizada, e, principalmente, da agricultura orgânica, cujo princípio é a mínima utilização de produtos químicos no processo produtivo.

Por fim, destaca-se como desvantagem da modernização do campo o aumento das áreas de cultivo, com o consequente avanço sobre o meio natural. No Brasil, o avanço da fronteira agrícola ou agropecuária proporcionou o avanço do espaço geográfico sobre áreas naturais, ocasionando a diminuição do ambiente original de vários grupos de vegetação, notadamente o Cerrado e a Mata Atlântica.

Embora existam problemas e críticas, o processo de mecanização e modernização das atividades agrícolas foi uma importante forma de produzir-se mais e melhor no meio rural. O Brasil, por exemplo, é hoje uma grande potência agrícola, sendo o maior produtor mundial de café, cana-de-açúcar, laranja e outros, além de um dos maiores exportadores de soja. 


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Como a mecanização das atividades agrícolas contribuiu para a urbanização?

Entre os efeitos da mecanização do campo, destacam-se as mudanças nas relações de trabalho, o êxodo rural e o aumento da produtividade. O espaço rural foi, de certa forma, uma das primeiras marcas do homem a partir da transformação do meio natural em espaço geográfico.

Que maneira a mecanização das atividades agrícolas?

O processo de mecanização do campo, portanto, corresponde à gradativa inserção de novas tecnologias e ferramentas mais avançadas no processo produtivo. Assim, ganham espaço na produção rural equipamentos como as semeadeiras, as colheitadeiras, os tratores e outros, tudo para poder melhorar o desempenho da produção.

Como a mecanização contribuiu com agropecuária?

O uso de maquinário especializado para a semeadura e para a colheita permitiu a ampliação da produção agrícola e pecuária, derrubando as conclusões da teoria demográfica malthusiana de que o aumento da população poderia levar a uma fome generalizada, pois, com a mecanização do campo foi possível ampliar mais e mais a ...

O que contribuiu para a modernização na agricultura?

A modernização da agricultura brasileira foi induzida pelo processo de industrialização do País, ou seja, pela política econômica do governo entre 1950 e 1970, que favoreceu a indústria em detrimento da agricultura, o que reforçou o poder das cidades e acelerou o êxodo rural.