Mestrado em História (UFJF, 2013) Show
Ouça este artigo: Antiguidade Tardia denomina um período de tempo ainda impreciso que se localiza entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média. O termo Antiguidade Tardia começou a ser usado por historiadores alemães no início do século XX, serve para identificar um período da história da humanidade que está compreendido entre os anos 300 e 600. Esta delimitação do período ainda é um tanto quanto imprecisa, pois os historiadores e outros eruditos ainda não chegaram a um consenso da real amplitude desse intervalo. O certo é que tal período está compreendido entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média e pode ser utilizado para representar as características tanto da Europa continental quanto do mundo Mediterrâneo. A Antiguidade Tardia é mais aceita como o período que se inicia com o declínio do Império Romano do Ocidente, a partir do século III, e se estende até a conquista islâmica e a ação do Império Bizantino na refundação da Europa Oriental. O debate sobre a existência e a localidade no tempo da Antiguidade Tardia é muito presente na historiografia mundial. Como dito, os argumentos iniciais em defesa de tal período surgiram entre os historiadores alemães no início do século XX. Logo em seguida, o debate chegou também à Inglaterra, que ofereceu uma releitura do conceito de Antiguidade Tardia, reavaliando suas características. Alguns pesquisadores defendem que as raízes da cultura medieval já estavam presentes no desenvolvimento do cristianismo. Desta forma, alguns acreditam que há traços de continuidade contundentes entre a Roma Imperial e a Alta Idade Média. Da mesma forma, essas características culturais também estiveram presentes no Império Bizantino. Outra corrente de pesquisadores defende a importância dos povos germanos, representados especialmente pelos ostrogodos e visigodos, como responsáveis pela manutenção da tradição romana. Assim, levando em consideração que os germanos ocuparam os territórios outrora ocupados pelos romanos, a ênfase é dada sobre uma continuação do ponto de vista político, mas também cultural e institucional do que foi chamado de civilização clássica. O uso do termo Antiguidade Tardia sugere, então, que há uma continuidade de características sociais e culturais da Antiguidade Clássica que permanecem presentes até a Idade Média. O que se verifica é a ausência de rupturas nítidas. Fontes: Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/antiguidade-tardia/ RESUMO Este artigo tem por objetivo questionar o fim da Idade Média defendido pela historiografia tradicional-situado entre os séculos XV e XVI e marcado por quatro grandes movimentos: o Renascimento, a Reforma Protestante, a Centralização Política e os Descobrimentos. Através de revisão bibliográfica, pretende-se demonstrar que esse período foi mais marcado por continuidades que por rupturas e que o fim do Medievo pode ser melhor compreendido dentro da perspectiva da Longa Idade Média, postulada por Jacques Le Goff. Palavras-chave: Periodização. Continuidade. Fim da Idade Média.
Quais são os marcos da transição da Antiguidade para a Idade Média?Dois marcos históricos que estão interligados e detêm grande responsabilidade pelo início do período cronológico e cultural denominado de Idade Média foram: a progressiva queda do império romano a ocidente (27 a.C.-476 d.C.), e a simultânea penetração e implantação dos povos bárbaros nos seus territórios.
Como podemos explicar o processo transição da Antiguidade para a Idade Média?Ela começa em torno do ano 500 d.C. O último imperador romano foi expulso de Roma e substituído por um rei bárbaro, Odoacro, em 476 d.C., marcando o fim do Império Romano e também o fim da Antiguidade.
O que mudou da Idade Antiga para a Idade Média?A Idade Média iniciou-se com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que pertenciam a Roma, na Europa Ocidental.
Quais foram os principais aspectos políticos econômicos e sociais da Idade Média?O feudalismo foi o sistema político, social e econômico que predominou na Europa durante a Idade Média. Era marcado pela descentralização política, pela imobilidade social e pela autossuficiência econômica dos feudos – as unidades de produção da época.
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