Nosso corpo está em constante contato com possíveis agentes causadores de doenças. Sendo assim, é fundamental que nosso organismo possua armas contra esses agentes. Uma dessas armas é o chamado anticorpo.
Os anticorpos são proteínas que atuam defendendo nosso corpo contra micro-organismos e substâncias estranhas, que são chamadas de antígenos. Essas proteínas ligam-se a um determinado antígeno e causam a sua destruição ou, então, fazem com que ele pare sua atividade.
Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B maduros (também chamados de plasmócitos), que são um tipo de glóbulo branco presente no nosso sangue. Cada antígeno desencadeia a produção de um determinado anticorpo, sendo que cada anticorpo só atua em um determinado antígeno.
Os linfócitos B maduros são responsáveis pela produção de anticorpos
Em virtude da especificidade da reação antígeno-anticorpo, frequentemente eles são comparados a uma chave e uma fechadura. Cada chave é capaz de abrir apenas uma fechadura, o mesmo acontece com um anticorpo que só é eficaz contra um antígeno. Isso quer dizer que um anticorpo que atua defendendo-nos contra uma bactéria não será útil para nos defender contra um vírus.
Uma característica extremamente interessante a respeito do nosso corpo é a capacidade de memória. Se formos contaminados por um antígeno que já nos causou algum problema no passado, rapidamente nosso corpo começará a produzir anticorpos. Isso ocorre porque, após uma infecção, ficam em nosso corpo células de memória. Elas possuem a capacidade de reconhecer um agente infeccioso ao qual já tivemos contato.
Esse mecanismo é fundamental para a eficiência das vacinas, substâncias feitas a partir de antígenos que são tratados a fim de não causarem doenças. Ao vacinar uma pessoa, o corpo começa a produzir anticorpos e células de memória. Sendo assim, quando esse micro-organismo entrar em contato com nosso corpo, rapidamente será destruído, uma vez que os anticorpos vão ser produzidos de maneira mais rápida.
Sistema imunitário - Células de defesa, anticorpos, vacinas e soros
Alice Dantas Brites, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
- Teste seus conhecimentos sobre as vacinas
Estamos diariamente expostos a milhares de perigosos microrganismos, como vírus, bactérias e parasitas. Felizmente, o corpo humano possui um mecanismo protetor contra esses invasores: o sistema imunitário. A pele, as mucosas, a acidez gástrica, as lágrimas e a saliva são chamadas de barreiras físicas.
Mas, o que acontece quando, por exemplo, uma bactéria consegue ultrapassar essas barreiras protetoras? É então que entra em cena o sistema imunitário, também conhecido como sistema imunológico.
Ele é formado pelo timo, baço, gânglios linfáticos, amídalas e por diversas células de defesa, chamadas de glóbulos brancos. Essas células circulam pelo sangue e atuam como uma frente de proteção, que age de forma específica contra cada tipo de invasor.
Células de defesa
As células que iniciam o combate são chamadas de macrófagos. Elas capturam as substâncias estranhas encontradas no interior do organismo e alertam o sistema imunitário sobre a invasão.
Em seguida, entram em ação dois tipos especiais de glóbulos brancos, os linfócitos T e os linfócitos B. Os linfócitos T identificam os intrusos capturados pelos macrófagos e disparam um outro alarme, avisando os linfócitos B para que comecem a agir.
Os linfócitos B produzem os anticorpos, substâncias específicas para atacar cada tipo de invasor. Uma vez recobertos por anticorpos, os intrusos são englobados e destruídos pelos macrófagos.
Após sofrer um ataque, o sistema imunológico produz células capazes de memorizar o anticorpo utilizado no combate ao intruso. Elas são chamadas de células de memória. Dessa forma, se o organismo for atacado novamente pelo mesmo invasor, a resposta imune será muito mais rápida e eficaz.
Imunização por vacinas
As vacinas são produzidas com os próprios microrganismos, mortos ou inativos, que causam as doenças. Ao serem injetadas em nosso corpo, estimulam a produção de anticorpos e de células de memória. Dessa maneira, o organismo não desenvolve a doença, mas se torna imune a ela.
Existem vacinas contra inúmeras doenças, como a caxumba, a coqueluche e a febre amarela. Ainda assim, a ciência continua buscando novas formas de combate contra outras diversas moléstias, como, por exemplo, a AIDS e o câncer.
Poder curativo dos soros
Agora, imagine que alguém foi atacado por uma cobra ou aranha venenosa. Não há como esperar pela ação do mecanismo de produção de anticorpos e memorização do sistema imunológico. Nesses casos, são utilizados soros.
Eles fornecem ao organismo anticorpos prontos, específicos para o combate de determinado veneno. Dessa forma, a resposta imune ocorre de maneira rápida e eficiente. Porém, é um efeito temporário. Os anticorpos não foram produzidos pelo próprio corpo, e, por isso, as células de memória não são ativadas. No caso de uma nova picada, o soro deverá ser reaplicado.
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