Microscópio Eletrônico de Varredura - MEV O microscópio eletrônico de varredura (MEV) é um equipamento capaz de produzir imagens de alta ampliação (até 300.000 x) e resolução. As imagens fornecidas pelo MEV possuem um caráter virtual, pois o que é visualizado no monitor do aparelho é a transcodificação da
energia emitida pelos elétrons, ao contrário da radiação de luz a qual estamos habitualmente acostumados. Aplicações do MEV O Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) pode ser
utilizado em uma enorme gama de estudos envolvendo a completa caracterização de materiais naturais e sintéticos. Diversas são suas aplicações e, particularmente no âmbito das geociências, é fortemente utilizado na caracterização mineralógica e petrológica de rochas. Dentre as múltiplas possibilidades de estudos que envolvem a utilização do MEV, tem-se ainda estudos em palinologia, limnologia e hidrologia. Estudos paleolimnológicos são fundamentais para análise da evolução temporal de ecossistemas aquáticos, das mudanças da sua biodiversidade e da influência de eventos globais sobre processos ecossistêmicos aquáticos. Diatomáceas, pólen, microfósseis de cladóceros e estruturas de resistência do zooplâncton (efípios) são os indicadores mais comumente utilizados na paleolimnologia, e só podem ser adequadamente estudados através da microscopia eletrônica de varredura. Espectrometria de Energia dispersiva de Raios-X - EDS O que é o EDS ? O EDS (energy dispersive x-ray detector, EDX ou EDS) é um acessório essencial no estudo de caracterização microscópica de materiais. Quando o feixe de elétrons incide sobre um mineral, os elétrons mais externos dos átomos e os íons constituintes são excitados, mudando de níveis energéticos. Ao retornarem para sua posição inicial, liberam a energia adquirida a qual é emitida em comprimento de onda no espectro de raios-x. Um detector
instalado na câmara de vácuo do MEV mede a energia associada a esse elétron. Como os elétrons de um determinado átomo possuem energias distintas, é possível, no ponto de incidência do feixe, determinar quais os elementos químicos estão presentes naquele local e assim identificar em instantes que mineral está sendo observado. O diâmetro reduzido do feixe permite a determinação da composição mineral em amostras de tamanhos muito reduzidos (< 5 µm), permitindo uma análise quase que pontual. A importância do sistema SEM-EDS na caracterização de minérios A microscopia eletrônica de varredura (Scanning Electron Microscopy-SEM) tem sido amplamente empregada na caracterização de minérios. Sua grande vantagem consiste na observação direta de bordas ou contornos de grãos e, também, em seções polidas, e na caracterização de porosidade inter e intragranular. Difração de Elétrons Retroespalhados - EBSD Funcionamento O EBSD é uma técnica que consiste em colocar uma amostra com superfície perfeitamente plana inclinada a ~70º do feixe de elétrons incidente. Os elétrons retroespalhados geram um padrão de difração, que aparece na forma de raias (raias ou bandas Kikuchi), que pode ser visualizado em um monitor de vídeo junto com a imagem SEM do local de incidência do feixe. Utilização O EBSD vem sendo amplamente utilizado na caracterização microestrutural de agregados policristalinos de qualquer natureza. Seu emprego permite a determinação de orientações de qualquer plano ou direção cristalográfica em regiões muito pequenas (dependendo da largura do feixe elétrons do MEV) ou em todo o agregado cristalino. O EBSD, usado em conjunto com o EDS, permite a identificação de qualquer material cristalino a partir dos elementos constituintes, da simetria e dos parâmetros do retículo cristalino. Aplicações do EDS-EBSD Uma limitação do sistema SEM-EDS consiste em separar fases minerais de mesma composição, mas com simetrias diferentes. Na caracterização de minérios de ferro, esse é um fator crítico, pois minerais de óxidos de ferro (hematita e magnetita) não permitem diferenciação no SEM, mesmo com o EDS acoplado. Uma técnica relativamente recente, conhecida por difração de elétrons retroespalhados (Electron Backscattering Diffraction - EBSD), tem sido utilizada com grande sucesso na identificação de simetrias de qualquer mineral (quando utilizada junto com o EDS). O departamento de geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) possui um SEM que permite a utilização do sistema EDS-EBSD. Além de possibilitar a individualização das mais diversas fases minerais, é possível também a sua quantificação, utilizando esse sistema. Sua aplicação vai além da simples identificação pontual de fases. O EBSD permite uma imagem do retículo cristalino no local de incidência do feixe de elétrons através da geração das raias de Kikuchi. Essas são indexadas, e as distâncias entre planos cristalográficos podem ser obtidas. Dessa forma, é possível determinar parâmetros reticulares de qualquer material cristalino e seu grupo espacial. A indexação das raias de Kikuchi (o padrão de difração dos elétrons retroespalhados - EBSDP) permite medir as orientações preferenciais (textura) de qualquer plano ou direção cristalográfica, tornando o sistema SEM-EDS-EBSD uma poderosa ferramenta na completa caracterização de materiais policristalinos. Como funciona um microscópio de varredura?O princípio de funcionamento de um microscópio eletrônico de varredura se baseia na utilização de um feixe de elétrons de pequeno diâmetro que são defletidos por um sistema de bobinas, guiando o feixe de modo a varrer a superfície da amostra, a explorando ponto a ponto, por linhas sucessivas e transmitindo o sinal do ...
Como funciona o microscópio eletrônico de varredura MEV?A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) é um tipo de microscopia em que um feixe de elétrons focalizado varre a superfície da amostra, interagindo com a matéria, gerando diferentes tipos de sinais que podem oferecer informações sobre a morfologia e composição química do material.
Para que serve um microscópio eletrônico de varredura?A microscopia eletrônica de varredura é empregada para produzir imagens de alta resolução e amplificação da superfície de uma amostra.
Como e formada a imagem no microscópio eletrônico de varredura?As imagens no MEV são construídas ponto a ponto, de modo similar à formação de uma imagem de televisão. Quando os elétrons atingem e penetram na superfície, eles interagem com os átomos da amostra, resultando na emissão de elétrons ou de fótons.
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