Como as empresas veem as redes sociais?

Não há dúvida sobre o impacto que as redes sociais causam na rotina das pessoas. Entre trocar mensagens e redes sociais as fotos da viagem dos amigos, o brasileiro fica online mais cerca de 91 horas por semana!!! Boa parte dessas horas as pessoas estão no trabalho e vem a dúvida: como o empregador deve agir diante do uso das redes sociais no trabalho?

Empresas têm sentido impactos negativos a respeito da combinação de redes sociais e trabalho, já que a produtividade tende a diminuir com os empregados se distraindo cada vez que recebem alguma mensagem.

No post de hoje, vamos falar sobre possíveis regras para a utilização dessas ferramentas no local de trabalho e o que pode ser feito quando elas atingem negativamente o resultado da empresa. Confira!

As redes sociais atrapalham a produtividade no trabalho?

Você já deve ter ouvido o seguinte ditado popular: “a diferença entre o remédio e o veneno é a quantidade”. O mesmo se aplica quando falamos de redes sociais e trabalho.

Plataformas como Facebook, Instagram e TikTok podem ser benéficas para o desenvolvimento da empresa, caso elas sejam utilizadas da maneira correta. Para ampliar o alcance da marca, por exemplo, as redes sociais são uma ótima alternativa para a criação de campanhas de marketing.

No entanto, o problema começa quando a utilização é apenas para fins pessoais. Se o funcionário ficar checando o tempo todo suas redes sociais ou vendo banalidades, isso prejudicará sua produtividade.

Especialistas afirmam que, a cada distração, o cérebro precisa de 23 minutos para focar novamente no que estava fazendo antes. Ou seja, se o colaborador checar suas redes 4 vezes durante o expediente, ele terá desperdiçado em torno de 1h30 no dia.

Se esse for um comportamento constante, com certeza os resultados da empresa são afetados negativamente.

Como as empresas devem lidar com as redes sociais e trabalho?

A forma de lidar com o uso das redes sociais no trabalho é um grande desafio para os gestores. O acesso permanente à internet é uma realidade que não pode ser ignorada e as empresas não conseguem proibir seu uso.

É preciso educar os empregados para que façam uso consciente de redes sociais no trabalho. Para isso, a empresa  deve ter regras claras. É preciso ainda investir na divulgação de tais normas, principalmente, no que tange punições.

Essa é a melhor maneira de garantir que os seus colaboradores utilizem com responsabilidade as suas redes sociais.

O funcionário pode ser demitido por justa causa devido ao uso indisciplinado das redes sociais?

O uso das redes sociais, de maneira isolada, não é um motivo para a demissão por justa causa. No entanto, ao analisarmos o artigo 482 da CLT, encontramos três justificativas, dependendo da gravidade do problema.

  • Primeiramente, temos a desídia, quando o funcionário passa a desempenhar suas tarefas sem a devida atenção, cometendo erros constantes.
  • Em segundo lugar, o uso das redes sociais no trabalho também pode ser caracterizado como um ato de indisciplina. Isso ocorre quando o empregado desrespeita o regulamento interno da empresa mantendo uma conduta que é expressamente proibida, por exemplo.
  • A terceira situação tem se tornado cada vez mais comum: ofender a honra do empregador fazendo postagens que possam manchar a reputação da empresa.

Vale ressaltar que, antes de demitir um empregado por justa causa, é importante ter orientação jurídica especializada. Até porque, na maioria das vezes, será necessário observar a gradação da penalidade, antes da justa causa.

Tal cuidado é essencial para evitar problemas em uma possível reclamação trabalhista.

Como as empresas veem as redes sociais?

Recrutadores analisam perfil dos candidatos, aqueles que não se encaixarem estão previamente eliminados

Durante a Copa do Mundo na Rússia, um vídeo com vários brasileiros constrangendo uma mulher russa viralizou nas redes sociais. A repercussão foi tão grande que um dos rapazes, funcionário da LATAM, foi demitido após o ocorrido. Ser só um bom em seu trabalho na empresa não basta, os funcionários agora devem mais do que nunca cuidar da sua reputação.

Isso vale também para quem está em busca do primeiro ou de um novo emprego como explica a especialista em Personal Branding Paula Boarin da 4DH. Segundo Boarin, os recrutadores estão mais atentos ao perfil dos candidatos na internet. “A maior parte dos recrutadores buscam o candidato nas redes. Especialmente no LinkedIn. Tem pessoas que desejam ser encontradas, mas possuem perfil inexistente ou desatualizado. Assim como a falta do digital eliminou empresas ela elimina candidatos.”

Candidatos que tenham feito postagens com opiniões preconceituosas, muitos erros de ortografia ou mesmo publicado fotos sensuais e que sugiram consumo de álcool ou drogas ficarão muito atrás na busca do tão sonhado emprego formal. “O ponto negativo que eu enxergo é que a maioria das pessoas não estão pensando ainda profissionalmente nas redes sociais. Acreditam que é possível separar pessoa física da jurídica. Essa divisão não existe mais. A internet mudou essa relação”, conclui a especialista em Personal Branding Paula Boarin.

Cuidar da rede social como uma marca evita casos como o do funcionário de uma concessionária de motos em Jundiaí, no interior de São Paulo, que em 2012 foi demitido após “curtir” no Facebook comentários feitos por um ex-colega de trabalho que ofendiam a loja e uma sócia da empresa. O rapaz ainda entrou na Justiça, mas o Tribunal Regional Trabalhista (TRT) considerou válida a decisão da empresa.

A agilidade da internet facilitou para as empresas analisarem os diversos perfis a partir de redes como o Linkedin e sites como o Vagas.com. Estes sites promovem testes comportamentais aos candidatos para definir os perfis mais compatíveis à cultura da empresa. Boarin destaca a importância desse novo tipo de recrutamento: “O processo seletivo pode ser extremamente preconceituoso, infelizmente. O recrutamento às cegas é a tendência que vem de fora do país e que ajuda o candidato a ser escolhido por seus méritos.”

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O que as empresas olham as redes sociais?

Empresas monitoram redes sociais para contratar ou demitir profissionais, por causa das possíveis repercussões que podem ser geradas para quem se expõe no ambiente virtual sem medir as consequências.

Como a sua empresa gostaria de ser vista nas redes sociais?

Estabeleça o objetivo dos seus perfis Ele pode substituir ou agregar ao SAC da companhia, ser o canal de publicidade ou ainda a plataforma de vendas dos produtos. Ao definir esse objetivo, fica mais fácil criar a estratégia de interação com o público e o consumidor saberá exatamente o que irá encontrar nos seus perfis.

Como as redes sociais influenciam nas empresas?

Para as empresas, as redes sociais são excelentes meios de comunicação e marketing, e quando utilizadas da forma correta, são o canal para agregar valor e visibilidade à marca. Atualmente, muitas empresas utilizam as redes sociais para se aproximarem de seus clientes, por meio de estratégias de marketing digital.

Como funciona a verificação das redes sociais pelo empregador?

Segundo ela, os recrutadores fazem a pesquisa em perfis nas redes sociais quando o candidato consegue chegar à fase final, que é a entrevista com o empregador. “Em alguns casos, os perfis nas redes sociais valem como critério de definição para que uma pessoa seja contratada ou descartada”, afirma.