A Região Sudeste do Brasil, corresponde a 10,85% do território nacional. É a região mais populosa e economicamente mais desenvolvida do país, com grande concentração industrial, financeira e comercial.
O relevo da Região Sudeste apresenta contrastes entre as superfícies elevada, que variam de 500 a 1200m, destacando-se as serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e a Serra Geral e as amplas baixadas litorâneas do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
O clima predominante no litoral é o tropical atlântico e nos planaltos o clima é o tropical de altitude, com temperaturas apresentando grandes variações.
A vegetação de Mata Atlântica e cerrado, foi devastada, ao longo do tempo, pela urbanização, com a extração da madeira, com o desenvolvimento das culturas de laranja, cana-de-açúcar e soja.
Estados da Região Sudeste
Os Estados do Sudeste do Brasil são quatro:
- Minas Gerais (capital Belo Horizonte)
- São Paulo (capital São Paulo)
- Rio de Janeiro (capital Rio de Janeiro)
- Espirito Santo (capital Vitória)
História e Economia da Região Sudeste
Com o declínio da cana de açúcar no nordeste e com a descoberta de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais, no fim do século XVII, na década de 1690, ocorreu uma intensa migração para a Região Sudeste.
Ciclo da Mineração
Os colonizadores que antes se concentravam no litoral, partiram para o interior, formando núcleos urbanos, que se desenvolveram em torno das áreas da mineração, que depois se transformaram em cidades, entre ela destacam-se Ouro Preto, São João del Rei, Mariana e Sabará, todas em Minas Gerais.
A capital Salvador, foi transferida para o Rio de janeiro, por se encontrar próxima da mineração.
Por volta de 1760, com a decadência do “ciclo do ouro”, em virtude dos elevados impostos pagos ao colonizador, da falta de técnicas para minas profundas e com o esgotamento das jazidas minerais, a população migrou para os atuais estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ciclo do Café
Buscando outras atividades lucrativas e com solo propício, a cafeicultura foi a solução do problema, seu desenvolvimento foi rápido. O sucesso do café, na Região Sudeste, foi tanto, que tornou-se necessário buscar mão de obra no exterior principalmente na Itália.
Ferrovias e rodovias foram construídas para escoar os produtos das fazendas de café e de outras agriculturas. Muitas cidades surgiram ao redor dessa região.
A crise na economia mundial em 1920, reduziu a exportação do café para os Estados Unidos e para Europa.
Com a segunda guerra mundial, veio a falta de produtos e a necessidade de fabricá-los.
Industrialização
Com grande número de mão de obra e dinheiro em caixa, lucro da cafeicultura, a Região Sudeste tornou-se logo a área mais industrializada e de maior concentração de população do país.
A construção da Rodovia Anchieta e a existência da Estrada de Ferro Santos- Jundiaí, que já em 1938, ligava São Paulo ao Porto de Santos, agilizou as importações e exportações.
O Porto de Santos é hoje o maior do país.
Ao longo dessas vias surgiu o chamado o ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, integrando à região metropolitana.
As indústrias instaladas nas três maiores cidades do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, são bastante diversificadas, como vários outas cidades da Região Sudeste, fabricam alimentos, aviões, equipamentos elétrico, eletrônicos, navios, automóveis, etc.
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A história da economia durante o Segundo Reinado perpassa inevitavelmente pelo processo de expansão de um novo gênero agrícola: o café. Desde os meados do século XVIII esse produto era considerado uma especiaria entre os consumidores europeus. Ao longo desse período, o seu consumo ganhou proporções cada vez mais consideráveis. De acordo com alguns estudiosos, essa planta chegou ao Brasil pela Guiana Francesa nas mãos do tenente-coronel Francisco de Melo Palheta.
Na segunda metade do século XVIII, por volta de 1760, foram registrados os primeiros relatos noticiando a formação de plantações na cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense as melhores condições de plantio foram encontradas ao longo de uma série de pântanos e brejos ali encontrados. No final desse mesmo século, as regiões cariocas da Tijuca, do Corcovado e do morro da Gávea estavam completamente tomadas pelas plantações de café.
O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava. As propriedades contavam com uma pequena roça de gêneros alimentícios destinados ao consumo interno, sendo as demais terras inteiramente voltadas para a produção do café.
A produção fluminense, dependente de uma exploração sistemática das terras, logo começaria a sentir seus primeiros sinais de crise. Ao mesmo tempo, a proibição do tráfico de escravos, em 1850, inviabilizou os moldes produtivos que inauguraram a produção cafeeira do Brasil. No entanto, nesse meio tempo, a região do Oeste Paulista ofereceu condições para que a produção do café continuasse a crescer significativamente.
Os cafeicultores paulistas deram uma outra dinâmica à produção do café incorporando diferentes parcelas da economia capitalista. A mentalidade fortemente empresarial desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira. Muitos deles investiam no mercado de ações, dedicavam-se a atividades comerciais urbanas e na indústria. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorriam a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações.
O curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente para encerrar as constantes crises econômicas observadas desde o Primeiro Reinado. Depois de se fixar nos mercados da Europa, o café brasileiro também conquistou o paladar dos norte-americanos, fazendo com que os Estados Unidos se tornassem nosso principal mercado consumidor. Ao longo dessa trajetória de ascensão, o café, nos finais do século XIX, representou mais da metade dos ganhos com exportação.
A adoção da mão-de-obra assalariada, na principal atividade econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à nossa economia interna. Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) e o nascimento de novos setores de investimento econômico no comércio e nas indústrias. Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil.
A predominância desse produto na economia nacional ainda apresenta resultados significativos no cenário econômico contemporâneo. Somente nas primeiras décadas do século XX que o café perdeu espaço para outros ramos da economia nacional. Mesmo assinalando um período de crescimento da nossa economia, o café concentrou um grande contingente de capitais, preservando os traços excessivamente agrários e excludentes da economia nacional.
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