Na classificação dos biólogos, não há nenhuma diferença, é só uma questão de nomenclatura regional. “O termo boto ganhou força no Brasil para nomear o pequeno cetáceo encontrado nos rios da
Amazônia. A partir daí, passou a ser ensinado em escolas que boto era de água doce e golfinho, de água salgada. Mas essa diferença não existe”, afirma o biólogo Marcos César Santos, coordenador do Projeto Atlantis, que luta pela preservação desses animais. Algumas espécies de cetáceos chegam inclusive a receber os dois nomes, como é o caso do boto-tucuxi (Sotalia guianensis), também conhecido como golfinho-cinza. Animais muito inteligentes e ótimos nadadores, os golfinhos, ou botos, podem
atingir velocidades de até 40 quilômetros por hora e saltar 5 metros acima da água, dependendo da espécie. Botando ordem Espécies batizadas de botos e golfinhos se misturam nas mesmas famílias ORDEM Cetáceos Grupo de mamíferos aquáticos, como as baleias e os golfinhos/botos. SUBORDEM Odontocenti Reúne só os cetáceos com dentes. Continua
após a publicidade FAMILIA
Delphinidae
Reúne só as espécies que vivem no mar. Por exemplo, o boto-tucuxi, o golfinho-nariz-de-garrafa (lembra do Flipper, da TV?) e até a orca.
Platanistidae
Reúne só as espécies que vivem em rios. Do boto-cor-de-rosa ao golfinho-do-ganges.
Leia também:
– Qual a diferença entre polvo e lula?
– Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?
– Qual a diferença entre abelha e vepa?
Continua após a publicidade
- boto
- CETÁCEO
- golfinho
- inteligência
- Mundo Animal
- ODONTOCENTI
Qual a diferença entre boto e golfinho?
Na classificação dos biólogos, não há nenhuma diferença, é só uma questão de nomenclatura regional. “O termo boto ganhou força no Brasil para nomear o pequeno cetáceo encontrado nos rios da Amazônia. A partir daí, passou a ser ensinado em escolas que boto era de água doce e golfinho, de água salgada. Mas essa diferença […]
Transforme sua curiosidade em conhecimento. Assine a Super e continue lendo
Mesma espécie, nomes diferentes
O Flipper, personagem famoso da série de TV norte-americana, pertence à espécie golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). Quando encontrado em águas costeiras de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul é chamado de boto. Mas, de Santa Catarina ao Nordeste brasileiro, ele vive em águas mais afastadas, por isso é conhecido como golfinho. Outra espécie, a “baleia-assassina” do filme Free Willy, na verdade, é um golfinho. Isso mesmo! A orca (Orcinus orca) é a maior entre essas espécies.
Ecolocalização
Os golfinhos utilizam o sentido da ecolocalização para obter informações de outros animais e do ambiente. Eles produzem sons de alta frequência (na faixa de 150 kHz), a partir do ar inspirado. Assim, atingem o objeto e voltam na forma de eco. Essa habilidade os permite identificar a distância, o formato, a movimentação, a densidade e a textura da presa.
Modo de vida
No geral, vivem de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote por estação reprodutiva, que dura de 10 a 11 meses. Habitam áreas mais próximas à superfície da água e caçam geralmente em grandes grupos, alimentando-se principalmente de lulas e peixes.
Inteligentes, acrobatas e sociáveis
Animais muito inteligentes e ótimos nadadores, eles são mamíferos aquáticos da ordem Cetacea (mesma das baleias). Presentes em todos os oceanos e em algumas águas de rios, podem atingir velocidade de até 40 km/h em seu nado e saltar cinco metros acima da água, pois são acrobatas. São animais sociáveis, que vivem em grupos, podendo interagir com outras espécies, como os humanos.
Boto-vermelho ou boto cor-de-rosa
O golfinho fluvial, conhecido como boto, boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa, é o maior golfinho de água doce. Costumam-se concentrar-se na bacia de rios e abaixo de correntezas, tendo populações já identificadas na Bacia do Orinoco, na Bacia do Amazonas e na zona superior do Rio Madeira, todas na América do Sul. Movimentos em direção a florestas inundadas, lagos e canais ocorrem durante a estação das enchentes. Nadam lentamente e raramente saltam. A cor do corpo varia com a idade, limpidez da água, temperatura e localização. Em águas frias, a cor rosada pode desaparecer.
Características
Possuem de 45 a 55 pares de dentes e são da subordem Odontocetes. O tamanho das espécies varia de 1,5 m a 10 m. E o peso, entre 50 kg e 7.000 kg. Costumam ter testa achatada e uma estrutura longa e fina, parecendo um bico, mas o formato da cabeça muda entre as espécies. Respiram por pulmões e quando dormem apenas um hemisfério cerebral descansa. O outro continua ativo para não se afogarem e cuidarem da respiração.
Fonte:
Laboratório de Biologia da Conservação de Mamíferos Aquáticos (LABCMA/IOUSP)
Livro “Mamíferos do Brasil”/UEL
National Geographic