B) onde se concentram as áreas com melhor situação social? e as áreas de pior situação?

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20 de novembro de 2020 - 09:05

Índice avalia a concentração de pobreza de uma região em comparação às outras. Nordeste lidera, enquanto Sudeste apresenta maior contribuição para a desigualdade

B) onde se concentram as áreas com melhor situação social? e as áreas de pior situação?
O Bolsa Família diminuiu o número de pessoas na faixa de extrema pobreza entre 2001 e 2017 (Foto: Evilázio Bezerra)

A concentração de pessoas que vivem em situação de pobreza no Nordeste é a maior entre as cinco regiões brasileiras, conforme atesta a pesquisa mais recente publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 25. O estudo “Perfil das despesas no Brasil: Indicadores selecionados” integra a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e consultou indivíduos de todas as regiões do Brasil entre 2017 e 2018. Tem a data 15 de janeiro de 2018 como referência para a análise e compilação dos dados.

O levantamento estatístico aponta que a região Nordeste concentra um valor proporcional a 47,9% da concentração da pobreza no Brasil. Em seguida, também com índice alto, vem a região Norte, com 26,1%. O Sudeste é a terceira região, com 17,8%. Por fim, Centro-Oeste (2,5%) e Sul (5,7%) apresentam as menores taxas percentuais do País, com pouca concentração de pobreza, em relação às demais regiões.

Contribuição relativa para a pobreza no Brasil (por região)
Fonte: IBGE

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Os cálculos são realizados tendo como base o índice de Watts, que é sensível à desigualdade de renda das camadas mais pobres da sociedade. O índice não avalia a média absoluta de renda per capita das regiões, mas a concentração de pobreza existente. Apesar da região Norte possuir o menor valor de renda familiar média no País, com estimativa de R$ 938,06, em detrimento do Nordeste, segunda menor média com R$ 1.077,85, os estados nordestinos possuem maior densidade populacional.

População e pobreza

O alto número populacional em território nordestino influencia significativamente no cálculo de contribuição para a pobreza, conforme explica Érico Veras, professor do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC) da UFC. “Quando se fala de contribuição para a pobreza, deve-se ver a pobreza no Brasil como um todo, e analisar onde se tem mais pobreza. O Nordeste é uma região pobre e densa. O Norte é uma região pobre, mas não é uma região densa. A densidade demográfica da região Norte é bem menor que a da região Nordeste. Então, acaba que há uma concentração maior de pobres no Nordeste”, explana o professor.

A proposta do IBGE ao calcular o índice de contribuição relativa para a pobreza no Brasil é contribuir com dados estatísticos para uma melhor alocação de recursos no combate à pobreza. Os resultados mostram a capacidade do índice de identificar as pessoas mais pobres e dar um peso mais adequado para elas no total da pobreza estimada. Os números são alarmantes, levando em consideração que a Região Nordeste possui menos de um terço da população nacional (27,3%) e contribui com quase a metade (47,9%) de toda a pobreza estimada do País.

Outros recortes

Para além do recorte geográfico por regiões, o IBGE aponta a concentração de pobreza em diferentes grupos e camadas sociais. Entre os perfis que mais contribuem para a pobreza no Brasil estão pessoas de 25 a 49 anos (65,7%), levando em consideração a faixa etária; homens (55%), tendo como base o gênero; e pessoas com ensino fundamental incompleto (52,3%), comparando os graus de instrução.

Dentre a população pobre, estima-se que 39,2% estão fora da força de trabalho. A desigualdade racial é um dos recortes mais abissais: pretos e pardos concentram 77,8% da pobreza do país, enquanto brancos (20,7%) e outros (1,5%).

Sudeste é a região com maior contribuição para desigualdade

A região Sudeste é a que mais contribui para a desigualdade no País, de acordo com o IBGE. Isto ocorre quando há uma grande densidade populacional em uma determinada região concentrando a maior parte da renda nacional, em comparação com a população de renda inferior.

“A desigualdade é uma medida de distância. Então, quando se leva em consideração o limite inferior muito baixo, qualquer coisa no limite superior torna a distância maior. Desigualdade é questão de proporção”, explica o professor Érico Veras.

Conforme o cálculo, a desigualdade existente dentro do Sudeste contribui com 64,9% de toda a desigualdade do Brasil. A região é seguida por Sul (10,6%)Nordeste (9,7%)Centro-Oeste (8,5%) e Norte (2,7%).

Quando a sociedade é estratificada por área urbana e rural, a desigualdade existente na área urbana contribui com 95,3% de toda desigualdade estimada, enquanto a área rural brasileira acumula somente 4,7%.

Entenda o índice Watts

As medidas de pobreza foram calculadas com base nas linhas de $ 1,90/dia e $ 5,50/dia, adotadas no monitoramento dos ODS e convertidas pela paridade do poder de compra (ppc) de 2011. As linhas foram deflacionadas para a data de 15 janeiro de 2018. Os três índices empregados são a proporção de pessoas abaixo da linha de $ 1,90/dia, a proporção de pessoas abaixo da linha de $ 5,50/dia, e um índice de Watts que utiliza as informações das duas linhas.

Neste índice, pessoas vivendo próximas a linha de $ 5,50/dia têm grau relativamente pequeno de pobreza (próximo de zero); e pessoas vivendo próximas da linha de $ 1,90/dia têm grau relativamente elevado de pobreza (próximos de um). Como o índice de Watts é decomponível e sensível à desigualdade de renda dos pobres, o exercício de decomposição da pobreza é realizado apenas para este índice.

Para o Nordeste, a proporção de pessoas abaixo de linha de $ 1,90/dia é um contingente reduzido de 0,022 (ou 2,2% da população). Quando a linha de pobreza de $5,50/dia é adotada, o nível de pobreza aumenta para 0,220 (ou 22,0% da população), explica o estudo do IBGE.

Onde se concentram as áreas com melhor situação social e as áreas de pior situação?

Resposta. Melhores situações sociais: Suécia e Holanda. Piores situações: Nigéria e Republica Democrática do Congo.

Como pode ser observado os problemas sociais da América Latina?

Os problemas sociais da América Latina também podem ser observados nas grandes cidades, onde cerca de um terço da população vive em zonas de alto risco. Enquanto algumas áreas sofrem com períodos de forte estiagem, outros sofrem, ocasionalmente, com furacões e fortes ventos e tempestades.

Qual é a situação do Brasil em relação aos demais países nesse período?

Alta desigualdade reduz desenvolvimento humano brasileiro Na comparação com os demais países do seu atual grupo, o Brasil tem apresentado ritmo de crescimento do IDH menor que a média de 2010 para cá. No entanto, o avanço brasileiro tem sido melhor do que a média de América Latina e Caribe.

Qual foi o país cujo E apresentou mais variações ao longo do período indicado?

Resposta verificada por especialistas 1 - O enunciado se refere a Venezuela.