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O patrimonialismo é uma corrente científica da contabilidade que teve como principal expoente o italiano Vincenzo Masi, professor da cidade de Bolonha, que defendeu o patrimônio como o objeto de estudo da ciência contábil desde 1923. Em 1929, no VI Congresso Internacional de Contabilidade realizado em Barcelona (Espanha), o professor Francisco D'Áuria defendeu o princípio patrimonialista, implantando-o nos sistemas contábeis. A tese patrimonialista ganhou grande números de adeptos no Brasil, tendo como chefe o eminente professor D'Áuria. A doutrina patrimonialista defende os princípios estático e dinâmico da riqueza. Princípio estático - segundo D'Áuria, o estado estático do patrimônio é determinado de forma objetiva pelo inventário. Já a subjetividade compreende as relações dos elementos inventariados com as pessoas que compõem a entidade. A cada elemento deve ser atribuído um valor ("avaliação"), nominal e efetivo, atual, diferido e figurativo (chamado em termos contábeis de "quantificação do patrimônio"). Cada elemento do patrimônio, determinado e avaliado, deverá ser distribuído em uma classificação (ou seja, a "qualificação do patrimônio"). Princípio dinâmico - de posse dos meios patrimoniais (relacionados no inventário), a gestão econômica do patrimônio levará a entidade a alcançar seus objetivos, ou seja, através dos elementos estáveis realizará fatos essenciais buscando alcançar seus fins. No caso da acumulação de riqueza, verifica-se o fenômeno do crédito (lucro). Há ainda a previsão de um diferencial de patrimônio, atualmente chamado no Brasil de patrimônio líquido. Nesse ponto, ou seja, na explanação do crédito e da gestão econômica, houve uma divisão na doutrina contábil: de um lado surgiu a escola reditualista de Zappa; do outro lado, os americanos propunham a gestão financeira e a informação, com o foco nas necessidades dos banqueiros e investidores do mercado de capitais. A junção do sistema patrimonial com o de rédito deu forma ao chamado sistema contábil integral. No Brasil, tivemos a tradução do sistema integral na forma que lhe deu a lei das sociedades anônimas, que integrou o balanço patrimonial e a Demonstração do resultado do exercício. O legislador não especificou o rédito, mas indicou a separação dos "resultados operacionais" dos "não-operacionais", adaptando a forma adotada pela legislação tributária. Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Gradua��o em Ci�ncias Cont�beisCONTABILIDADE: CI�NCIA OU T�CNICATrabalho apresentado no Curso de Ci�ncias Cont�beis, como requisito da disciplina Contabilidade Geral, do professor Jorge Luiz Santos Fernandes, realizado pelo graduando Klinger de Oliveira Aleixo. UESB-BAVit�ria da Conquista � 2002Introdu��o A Contabilidade � muito antiga, a necessidade de acompanhar a evolu��o do patrim�nio foi a grande respons�vel para o seu desenvolvimento. O surgimento do capitalismo deu impulso definitivo para seu aprimoramento. Seu avan�o est� diretamente ligado ao progresso econ�mico, social e institucional de cada sociedade, sendo um elemento eficaz na gest�o em qualquer regime econ�mico, de mercado ou centralizado. Constata-se que aproximadamente at� o in�cio do s�culo XX, exercia uma influ�ncia muito grande das escolas europ�ias, em particular a Italiana e a partir de ent�o se desenvolve o approach norte-americano favorecido por uma ampla estrutura econ�mica e tamb�m por pesquisas e trabalho s�rio dos �rg�os associativos. Havendo foros de metodologia realmente cient�fica, com muito trabalho e muita pesquisa. A Contabilidade � uma ci�ncia essencialmente utilit�ria, no sentido de que responde, por mecanismos pr�prios, a est�mulos dos v�rios setores da economia. Portanto, entender a evolu��o das sociedades, em seus aspectos econ�micos, dos usu�rios da informa��o cont�bil, em suas necessidades informativas, � a melhor forma de entender e definir os objetivos da Contabilidade. Apesar das diferen�as de abordagem das v�rias escolas, devemos reconhecer que somente existe uma Contabilidade, baseada em postulados, princ�pios, normas e procedimentos racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da praticabilidade. Todavia, n�o devemos desprezar um postulado, um principio ou procedimentos somente porque n�o � pratic�vel imediatamente em termos de custo da informa��o e de benef�cio. Desde que n�o seja rejeitado como ut�pico, pode integrar o conjunto de normas sujeitas ao aperfei�oamento dos processos de mensura��o, a fim de ser totalmente aplicado. (Franco, 1997) Com a evolu��o, surgiram a an�lise cont�bil, a auditoria interna e a externa, bem como a contabilidade gerencial, destinada a subsidiar a tomada das decis�es no �mbito interno das empresas, vitais para o sucesso dos empreendimentos. Assim, balan�os e demonstra��es, dados internos, informa��es corretas, subs�dios para alicer�ar os neg�cios, s�o elementos coletados atrav�s da contabilidade, mensurados monetariamente, registrados e apresentados sob a forma de comunicados internos ou relat�rios cont�beis. (Franco, 1997) A Contabilidade hoje � um elemento fundamental na gest�o empresarial moderna, pois visa o seu aprimoramento, qualidade e resultado; pautando-se em informa��es concisas auxilia a administra��o na tomada de decis�es. Apesar de ser uma ci�ncia recente, em sua longa hist�ria passou por diversas transforma��es, e o resultado � de ser uma ci�ncia imprescind�vel para qualquer entidade com fins lucrativos ou n�o, pois a Contabilidade dar� o suporte necess�rio � entidade em seu processo evolutivo. Demonstraremos assim, neste trabalho, uma breve evolu��o da Contabilidade at� atingir seu reconhecimento como Ci�ncia aplicada, sendo hoje, uma das ci�ncias mais importantes no contexto econ�mico e social das na��es. Contabilidade : Origem e Desenvolvimento Afirmam alguns historiadores, que, a Contabilidade tenha sua origem aproximadamente a4000 a.C.. Entretanto, o homem primitivo, antes disso, inventariava o n�mero de instrumentos de ca�a e pesca dispon�veis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas �nforas de bebidas, j� estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade. Com o surgimento da escrita, a contabilidade teve nos n�meros um marco para seu desenvolvimento, por�m foi com o surgimento da moeda que consolidou seu desenvolvimento. (Iud�cibus, 2000) A contabilidade surgiu da necessidade do homem acompanhar o desenvolvimento � evolu��o ou regress�o do seu patrim�nio, e efetuar o registro deste, adequadamente. A Contabilidade, desde sua manifesta��o como conjunto ordenado de conhecimento, com objetivo e finalidades definidas, tem sido considerada como arte, como t�cnica ou como ci�ncia, de acordo com a orienta��o seguida pelos doutrinadores ao enquadr�-la no elenco das esp�cies do saber humano. (Herrmann, 1978) Sua fun��o � registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fen�menos que ocorrem no patrim�nio das entidades, objetivando fornecer informa��es, interpreta��o e orienta��o sobre a composi��o e as varia��es desse patrim�nio, para a tomada de decis�es de seus administradores. � claro que a Contabilidade teve evolu��o relativamente lenta at� o surgimento da moeda. Na �poca da troca pura de simples de mercadorias, os negociantes anotavam as obriga��es, os direitos e os bens perante terceiros, por�m, obviamente, tratava-se de um mero elenco de invent�rio f�sico, sem avalia��o monet�ria. (Franco, 1997) As principais fases para desenvolvimento da Contabilidade moderna segundo Gergull, foram: � Do Renascimento at� o in�cio s�culo XIX, a demanda por informa��es gerenciais � neste per�odo o desenvolvimento da Contabilidade esteve a cargo da Escola Europ�ia, origem da disciplina; � A partir do surgimento das Sociedades An�nimas mais complexas do s�culo XIX e decorrentes da necessidade de grandes aportes de capital, acrescem-se as primeiras necessidades, a gera��o de informes aos acionistas e credores, e ainda ao governo, este ainda interessado principalmente na cobran�a do imposto sobre a renda, nascida em finais deste s�culo. � No s�culo XIX e princ�pio do s�culo XX, com a revolu��o industrial e surgimento das grandes plantas de produ��o, tem-se o desenvolvimento da Contabilidade de Custos e o reconhecimento da deprecia��o como decorr�ncia de problemas derivados da tratativa cont�bil das opera��es com as ferrovias; � Com o crescimento da economia norte-americana, impulsionado pela crise das bolsas de 1929, inicia-se um amplo programa de pesquisa e disciplina da atividade cont�bil naquele pa�s, com grande preocupa��o em propiciar a compreens�o e um corpo te�rico consistente as pr�ticas cont�beis adotadas, dando in�cio � ascens�o da escola americana. Contudo, a preocupa��o com as propriedades e a riqueza � uma constante no homem que teve de aperfei�oar seus instrumentos de avalia��o da situa��o patrimonial � medida que as atividades foram desenvolvendo-se em dimens�o e complexidade. Surgindo assim todas as caracter�sticas necess�rias para o advento desta nova ci�ncia � a Contabilidade, n�o mais de forma rudimentar, mas sim, com metas e objetivos tra�ados. Seu objeto de estudo �, pois, o patrim�nio, e seu campo de aplica��o das entidades econ�mico-administrativas, assim chamadas �quelas que, para atingirem seu objetivo, seja ele econ�mico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um �rg�o administrativo, que pratica os atos de natureza econ�mica e financeira necess�rios a seus fins. (S�, 1997) Portanto, segundo Franco, a Contabilidade � um conjunto de conhecimentos sistematizados, com princ�pios e normas pr�prias, e nesta concep��o ampla, afirma ser uma ci�ncia da �rea Econ�mica Administrativa. Com o surgimento da escrita cont�bil, foi poss�vel de maneira t�cnica registrar todos os acontecimentos no patrim�nio. Assessorando assim ao desenvolvimento patrimonial. A Contabilidade, ao desenvolver-se como ci�ncia, surgiram v�rias correntes filos�ficas, entre estas se destacam Materialismo substancial liderado por Francesco Villa; Personalismo liderado por Giuseppe Cerboni; Controladorismo liderado por F�bio Besta; Reditualismo liderado por Eugen Schmalenbach; Aziendalismo liderado por Alberto Ceccherelli e Gino Zappa e o Patrimonialismo liderado por Vincenzo Masi. (S�, 1997) Segundo Franco, �distinguimos, na Contabilidade, uma parte te�rica e uma pr�tica. A primeira � de identifica��o de princ�pios e de fixa��o de normas, de an�lise e interpreta��o de fatos, de estabelecimento de rela��es de causa e efeito e de previs�o para futuros acontecimentos.� a Contabilidade cient�fica, segundo os tratadistas. A parte pr�tica, de execu��o do registro dos fen�menos patrimoniais, � a t�cnica atrav�s da qual a Contabilidade atinge seu objetivo, que � de estudar e controlar o patrim�nio, fornecendo informa��es e orienta��o sobre o estado patrimonial e suas varia��es. Essa t�cnica chama-se Escritura��o.� Portanto, qualquer sistema enquanto entidade que pode ser usada em si mesma deve ter limites, quer espaciais quer din�micos. Estritamente falando, as fronteiras espaciais s� existem na observa��o ing�nua, pois toda as fronteiras s�o, em �ltima an�lise, din�mica. Conforme Bertalanffy, refere-se � entidade como um agente sist�mico. Para a Contabilidade, Entidade � o primeiro postulado, em que se assenta toda a fundamenta��o te�rica de forma dedutiva. Nesse sentido, GerGull, destaca os seguintes t�picos para entendimento de sua evolu��o como ci�ncia: � A teoria � o marco fundamental do conhecimento cientifico e respons�vel pelo seu desenvolvimento; � Este marco te�rico fundamental n�o deveria conter orienta��o de car�ter utilit�rio, a priori, de forma a n�o influir os desdobramentos de novas poss�veis revela��es; � A Contabilidade � um campo de conhecimento desenvolvido a partir de um enfoque utilit�rio e, portanto, � suposta a poss�vel limita��o de alcance de suas bases te�ricas, desenvolvidas como justificativa para as pr�ticas geralmente aceita; � O desenvolvimento te�rico cont�bil, assentado em um enfoque utilit�rio, poderia estar orientado para o passado, n�o contemplando as bases para o enfrentamento dos novos desafios constitu�dos nos intensos movimentos de transforma��o ambiental; � A ampla insatisfa��o dos usu�rios e contadores com a pr�tica cont�bil e prolifera��o de cr�ticas a estrutura de suas bases te�ricas poderia ensejar o esgotamento do paradigma em que assenta sua base conceitual; � A busca de conhecimento de ser orientada sob um enfoque hol�stico com pressuposto b�sico para a capta��o das complexidades ambientais; � A busca do desenvolvimento cient�fico baseado na articula��o de interesses interdisciplinares poderia atender, ao menos em parte, o requisito de uma vis�o hol�stica ambiental; � a articula��o da Teoria Cont�bil com a Teoria Geral dos Sistemas[1] poderia constituir-se em um novo paradigma para o desenvolvimento do conhecimento cont�bil e a reafirma��o da Contabilidade como ci�ncia; Dando �nfase a este pensamento IUD�CIBUS, MARTINS e GELBCKE (2000, p.43) entendem que: �as empresas precisam dar �nfase a evidencia��o de todas as informa��es que permitem a avalia��o da sua situa��o patrimonial e das muta��es desse seu patrim�nio.� Patrimonialismo - Vicenzo MasiO Patrimonialismo teve sua origem com os contistas na It�lia. Os Patrimonialistas eram preocupados com a forma, deixando de dar o relevo suficiente � ess�ncia ou conte�do da conta. Segundo S�: �O patrimonialismo cient�fico difere do patrimonialismo emp�rico e s� a partir deste � que podemos identificar a exist�ncia de uma corrente de pensamentos nesse sentido�. No patrimonialismo emp�rico percebe-se que a riqueza era a mat�ria de estudo mas n�o se teorizou de forma cient�fica sobre a quest�o. O intelectual, respons�vel pela constru��o de uma teoria cient�fica do patrim�nio, foi, sem d�vida, Vicenzo Masi, italiano nascido de Rimini nos fins do s�culo XIX, tendo implantado uma doutrina a seu feitio intelectual e que nos permite denominar de �masiana�. (S�, 1997) Ele, elaborou suas id�ias na d�cada de 20 do s�culo passado e as aperfei�oou de forma exuberante nas d�cadas seguintes at� os nos 70. Partiu do princ�pio que absorvera das estruturas de Villa, Besta, Bonalumi e Rossi, principalmente desses, para erguer todo um arcabou�o (lineamento) de raro valor did�tico e cient�fico, fundamentado na vis�o de que a escrita, os registros, as demonstra��es s�o apenas instrumentos para que se possa ter mem�ria de fatos acontecidos e que precisam ser explicados, mas sob a �tica da riqueza gerida para fins espec�ficos. (S�, 2000) Influ�ncia Anglo-sax�nica Por�m, a partir de 1920, com a ascens�o econ�mica e cultural do colosso norte-americano com as gigantescas corporations, aliado ao formid�vel desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordin�rio ritmo de desenvolvimento que aquele pa�s experimentou e ainda experimenta, constitui um campo f�rtil para o avan�o das teorias e pr�ticas cont�beis norte-americana. Hoje, at� mesmo na It�lia, nas faculdades do norte do pa�s, muitos textos apresentam influ�ncia norte-americana e as principais empresas contratam na base da experi�ncia cont�bil de inspira��o norte-americana. Nos �ltimos anos, como conseq��ncia das necessidades informativas de uma economia global, existe um grande esfor�o de harmoniza��o cont�bil internacional, que est� aproximando as v�rias �escolas�. (Iud�cibus, 2000) Contudo, devido aos �ltimos acontecimentos que fragilizam a credibilidade das empresas norte-americanas devido a fraudes em seus balan�os (as norte-americas Enron, WordCom, e a europ�ia Vivandi) promovidos por empresas de prestigio internacional no campo da contabilidade como Arthur Andersen, abalou o mercado de a��es (Wall Street), e conseq�entemente toda a economia mundial. Em tempos de Globaliza��o os atos e fatos Admistrativos-Cont�beis s�o muito mais importantes do que parece. No Brasil, o d�lar atingiu seu �pice, chegando no dia primeiro de julho de dois mil e dois a cota��o de R$ 2,90 (dois reais e noventa centavos), deixando o pa�s entre o grupo de risco para investimentos internacionais. (Tele-jornal, Jornal Nacional-Globo, 01/07/02) �No Brasil, o problema de credibilidade da bolsa americana foi magnificado porque o pa�s tem um d�ficit em suas contas de 19 bilh�es de d�lares. Essa � a quantia que o governo precisa captar, neste ano, para rolar sua d�vida�. (Revista Veja, Edi��o 1758 � 01 de julho de 2002) No BrasilSegundo Iud�cibus, �o Brasil foi forte e inicialmente influenciado pela escola italiana. Ali�s, as paix�es e as discuss�es em torno das escolas � reditualista, patrimonialista, contista, materialista etc. � foram quase t�o acesas aqui quanto na It�lia e, de certa forma, igualmente irrelevantes. O pior � que, se a escola italiana transplantada para a realidade de hoje j� apresenta alguns problemas, sua adapta��o ou tradu��o aqui no Brasil fez-se ainda sob a �gide e com os problemas contidos na frase: traduttore traditore, isto �, tradutor traidor. (Ali�s, este fen�meno est� ocorrendo,em parte, com a tradu��o de bons textos americanos.) Na verdade, possivelmente, poucos autores brasileiros leram e meditaram, profundamente, sobre os autores italianos. D�Auria, contudo, foi, realmente, uma das exce��es not�veis.� De todas as correntes, a que mais firmemente se implantou inicialmente no Brasil foi o Patrimonialismo, em suas base de considerar a contabilidade como Ci�ncia do Patrim�nio, pela lei e pelas Resolu��es do Conselho Federal de Contabilidade. (S�, 1997) Entretanto, segundo Iud�cibus, �em 1946 com a funda��o da Faculdade de Ci�ncias Cont�beis e Atuarias, que o Brasil ganhou o primeiro n�cleo efetivo, embora modesto, de pesquisa cont�bil nos moldes norte-americanos, isto �, com professores dedicando-se em tempo integral ao ensino e � pesquisa, produzindo artigos de maior conte�do cient�fico e escrevendo teses acad�micas de alto valor.� Conforme Franco, �uma caracter�stica atual de desenvolvimento da Contabilidade no Brasil � paradoxal: a qualidade das normas cont�beis � disposi��o ou editadas por �rg�os governamentais (devido � inoper�ncia, at� um passado recente, de nossas associa��es de contadores, o Governo teve de tomar a iniciativa) � claramente superior � principalmente agora com a Lei das Sociedades Por A��es e a Corre��o Integral � � qualidade m�dia atual dos profissionais que t�m de implementar estas normas. Nossa legisla��o, historicamente, adianta-se sempre em rela��o aos homens que ir�o utiliza-la e isto � mais sentido no campo cont�bil.� Isso, entretanto, representa tamb�m um bom sinal, ou seja, existem contadores altamente qualificados, capazes de editar normas bastante razo�veis ou influenciar nelas, como � o caso das contidas na Lei das S.A. (apesar de j� revogada pelo Governo Federal), e antes disto, na pr�pria Circular n.� 179 do Banco Central, e, mais recentemente, na Corre��o Integral da Comiss�o de Valores Mobili�rios � CVM. (Iud�cibus, 2000) Por�m, a influ�ncia norte-americana � notada. Constatamos isso, como exemplo, as firmas de auditoria, que s�o para todas as na��es, apesar dos esc�ndalos ocorridos recentemente com a empresa norte-americana de auditoria Arthur Andersen2, que era refer�ncia em compet�ncia e qualidade de suas demonstra��es de auditagem, pois fomentava o mercado de a��es com suas informa��es assessorando os investidores em que aplica��o poderia ter maior lucratividade com menor risco aparente. Seus manuais e procedimentos, s�o adotados nas empresas de auditoria nacional, que se associam as grandes empresas norte-americanas, com a finalidade de seu aprimoramento e ganho de mercado. A Contabilidade � Uma Ci�ncia Em todos os ramos do saber humano distingue-se dois aspectos: 1. pelo racioc�nio procura-se a raz�o das coisas e investigar a natureza dos fatos; 2. pela pr�tica (empirismo) estudam-se os meios para tornar �teis � humanidade os resultados da observa��o. �A ci�ncia � ainda met�dica. Os fatos s�o ligados entre si por meio de rela��es de m�tua depend�ncia, cujo encadeamento devemos procurar reproduzir. Alcan�amos o objetivo conhecendo as leis e princ�pios que regem os fatos, reduzindo a multiplicidade � unidade.� (Herrmann, 1978). �Uma vez assentadas as bases cient�ficas da Contabilidade, pelo exame met�dico dos fatos gerais que constituem seu objeto, poderemos considerar os preceitos que lhes d�o sentido, como t�cnica aplicada � administra��o econ�mica dos patrim�nios aziendais�. (Herrmann, 1978). �No campo das ci�ncias cumpre indagar em que grupo se enquadra a Contabilidade. Pertence �s ci�ncias matem�ticas? N�o. Os axiomas matem�ticos em que se baseia o m�todo das partidas dobradas, usado como instrumento de registro e observa��o cont�bil, n�o devem ser confundidos com a pr�pria Contabilidade. As ci�ncias matem�ticas t�m por objeto as quantidades consideradas abstratas e independentes das coisas. Na Contabilidade, as quantidades s�o simples medidas dos fatos a que se referem. Entre a Contabilidade e a Matem�tica existem apenas estreitas rela��es, dado o emprego que se faz dos s�mbolos e m�todos da segunda nas demonstra��es cont�beis.� (Herrmann, 1978). N�o pertence tamb�m ao grupo das ci�ncias naturais. As coisas e os seres vivos, bem como os fen�menos que lhe dizem respeito, trata sob aspectos valorim�tricos estranhos �quela ci�ncia. (Herrmann, 1978). Resta verificar se a Contabilidade se coaduna com as ci�ncias morais e sociais, que t�m por objeto o homem enquanto ser inteligente, livre e social, considerado n�o somente em si, mas tamb�m em seus atos e em certos fatos exteriores que s�o a manifesta��o de sua vida moral e social. No subgrupo das ci�ncias morais e sociais encontramos as ci�ncias sociais e pol�ticas, que estudam a estrutura geral das sociedades humanas, as leis do seu funcionamento normal e do seu desenvolvimento. A este subgrupo subordinam-se, entre outras ci�ncias: o Direito, a Economia e a Contabilidade. O Direito, estudando e regulando o comportamento dos homens em suas rela��es rec�procas, a Economia, que examina as riquezas como elementos dependentes do comportamento dos homens reunidos em sociedade, a Contabilidade, que trata da riqueza no seu estado de apropria��o como mat�ria encon�mico-administrativa das empresas e entidades pol�tico-sociais. (Herrmann, 1978). O potencial econ�mico de uma empresa, representado pelo conjunto de condi��es que, postas em movimento, desenvolvem uma utilidade; as no��es de equil�brio fornecidas pela imagem gr�fica do patrim�nio, compar�vel a uma balan�a; as de intensidade, quando se comparam certas demonstra��es a bar�metros e term�metros, por exprimirem medidas de press�o ou de temperatura, sob a forma de porcentagens calculadas sobre determinados elementos b�sicos. Portanto, para a Contabilidade, a exatid�o, o equil�brio, a simplicidade, s�o exaltados de forma a ser uma ci�ncia com objetivos pr�ticos. Conclus�o �Se examinarmos os fen�menos fundamentais de Contabilidade, n�o podemos deixar de reconhecer que eles requerem indaga��es acuradas; n�o se pode negar que se torna necess�rio observa-los, exp�-los e procurar explica-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas pesquisas feitas com o subsidio de m�todo especiais de investiga��o, pr�prios das ci�ncias experimentais, da� retirar normas de pr�tica aplica��o a casos concretos. Ora, os fen�menos dos custos, das receitas, do redito, das entradas e sa�das financeiras, para lembrar s� alguns dos mais evidentes fen�menos cont�beis j� por n�s oferecidos, s�o todos investigados em suas fases de constitui��o e de evolu��o e apresentam problemas que sempre se apresentaram e sempre se apresentar�o.� (S� 1997). Depreende-se portanto, que a contabilidade � uma ci�ncia, e como qualquer outra n�o tem a verdade como absoluta, pois � isso que lhe permite aperfei�oar-se. Com objetivos claros de atender as necessidades do homem, as perspectivas para esta ci�ncia s�o muito amplas, pois sua aplicabilidade, fomenta a evolu��o do patrim�nio e das sociedades. A Contabilidade conquistou sua maturidade nos tempos atuais, apresentando uma estrutura te�rica bem desenvolvida, comparativamente �s demais ci�ncias aplicadas, oferecendo um n�cleo conceitual seguro e bem definido com orienta��o � pesquisa cientifica e a pr�tica profissional. Desse quadro, dessa evolu��o, as perspectivas para o Contador � o profissional da linguagem universal dos neg�cios � no Terceiro Mil�nio: em sua forma��o geral, conduzem �s compet�ncias e habilidades desenvolvidas para o pleno cumprimento de sua responsabilidade de prestar contas da gest�o perante a sociedade, � sua responsabilidade social, ao exerc�cio, com �tica e profici�ncia, das suas atribui��es. Bibliografia GERGULL, Alberto Weimann, - www.eac.fea.usp.br/cadernos/index.htm, Caderno de Estudos, S�o Paulo, FIPECAFI, v.9, n.15, p.35-40, janeiro-julho, 1997 FERRAZ, jr & outros, IUD�CIBUS, S�rgio, coordenador. Contabilidade Introdut�ria. Editora Atlas, 9� ed, S�o Paulo, 1998. FRANCO, Hil�rio. Contabilidade geral. Editora Atlas, 23� ed, S�o Paulo, 1997. HERRMANN, Frederico Jr. Contabilidade superior. Editora Atlas, 10� ed. S�o Paulo, 1978. IUD�CIBUS, S�rgio de. Teoria geral da contabilidade. Editora Atlas, 6� ed, S�o Paulo, 2000. S�, Ant�nio Lopes de. Hist�ria geral e das doutrinas da contabilidade. Editora Atlas, S�o Paulo, 1997. Revista Pensar Cont�bil, Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Ano III � n� 07 � fevereiro/abril de 2000. VEJA, Editora Abril, Edi��o 1758 � 01 de julho de 2002 Tele-jornal, Globo, Jornal Nacional, Edi��o - 01/07/2002 [1] A Teoria geral de sistemas tem por objetivo uma an�lise da natureza dos sistemas e da inter-rela��o entre eles em diferentes espa�os, assim como a inter-rela��o de suas partes. Ela ainda analisa as leis fundamentais dos sistemas. [2]A empresa de auditoria Arthur Andersen, ap�s divulga��o dos esc�ndalos ocorridos recentemente no mercado de a��es norte-americano, perdeu sua credibilidade, devido preju�zos causados � investidores da Enron, proporcionado por seus balan�os fraudulentos. ========================================================================= Mat�ria disponibilizada neste site em 08/07/2002 Qual era o objetivo da escola patrimonialista?A escola patrimonialista surgiu em 1926 com a publicação do livro Ragioneria Generale, de Vincenzo Mazi. Segundo essa escola, o objetivo da contabilidade é o estudo do patrimônio. Esse, por sua vez, se dividiria em: contas de ativo, contas de passivo e contas diferenciais (o patrimônio líquido).
O que é a teoria patrimonialista?Teoria patrimonialista contabilidade é a teoria que atualmente tem repercussão mundial e entende que o patrimônio é o objeto da contabilidade, sendo sua finalidade seu controle. As contas na teoria patrimonialista são classificadas em contas patrimoniais e contas de resultado.
Qual a escola que define a Contabilidade como a ciência que estuda o patrimônio como a grandeza real que se transforma com a evolução das atividades econômicas?A doutrina Patrimonialista, pois define a Contabilidade como a ciência que estuda o patrimônio e também define o patrimônio como o objeto da Contabilidade.
Qual é a característica da escola personalista?ESCOLA PERSONALISTA
Foi uma corrente de pensamento contábil que surgiu em reação ao Contismo (teoria das contas), dando personalidade ás contas para explicar as relações do direito e obrigações (Hamilton, 1997).
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